Mercados Globais
O único evento capaz de estragar o pequeno rally de natal foi o resultado das eleições na Catalunha. Elas aconteceram ontem e são resultado da dissolução do governo regional, imposta pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, como reação ao resultado do referendo que aprovou a separação da região. Apesar do partido anti-separatista Ciudadanos ter vencido, a aliança dos três partidos independentistas leva a maioria. Esse resultado volta a lançar insegurança em relação à estabilidade da dívida espanhola e, dada sua importância nos portfólios internacionais, volta a perturbar o sossego da Zona do Euro. As bolsas da região estão em queda, com deste para o IBEX de Madrid, que cai mais de 1% e o euro interrompeu a valorização que vinha tendo em relação ao dólar desde a semana passada. Veja o gráfico do euro:
Nos EUA, os mercados voltaram à alta depois que os deputados aprovaram medidas para impedir o shutdown em janeiro. Por falta de aprovação do orçamento ajustado ao aumento das despesas, o governo corria o risco de ficar sem dinheiro para pagamento de salários, fornecedores ou outras despesas a partir do mês que vem. Ainda que novas medidas sejam necessárias ao longo do primeiro semestre do ano que vem, o mercado viu essa ação como decisivo para afastar as ameaças de colapso fiscal que poderiam ocorrer.
Brasil
No Brasil, tivemos a divulgação do índice de confiança de dezembro e ele veio em ligeira queda, após a forte alta de novembro. A leitura da pesquisa da FGV procura algumas explicações para essa queda, segundo Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor:
“O saldo da confiança do consumidor acumulada no ano de 2017 foi positivo e melhor do que 2015 e 2016, mesmo com a ligeira acomodação de dezembro após três meses em alta. Os consumidores continuam melhorando suas avaliações e projeções sobre a economia, mas o nível de endividamento das famílias, e principalmente das de menor poder aquisitivo, leva à cautela nos gastos com bens de alto valor, atuando como um fator limitativo ao consumo”
Veja o gráfico do índice de confiança dos consumidores da FGV:
Feliz Natal!