A ata da última reunião do COPOM trouxe um “animal para cada gosto” na leitura dos possíveis próximos movimentos da autoridade monetária.
Mantemos a leitura anterior do comunicado, onde a cautela, atividade econômica, efeitos defasados da política monetária, o cenário hibrido de inflação e transformações na intermediação financeira foram fatores preponderantes, superando as projeções mais modestas de inflação, o que reforça nossa hipótese na manutenção dos juros.
Algumas avaliações chegaram a levar em consideração uma reação negativa dos investidores ao comunicado levemente menos afável ao corte de 25 bp na próxima reunião do COPOM, todavia, a leitura mais precisa na verdade deve considerar o contexto positivo para que o Bacen tenha conforto para deter o ciclo muito em breve, ou seja, a política monetária começa a surtir os efeitos desejados.
Além da reação no câmbio, outro ponto importante é que a manutenção dos juros, sob a óptica do investidor estrangeiro, pode manter também uma atratividade dos mercados locais, em vista à série global de juros baixos/negativos, além das perspectivas positivas para empresas locais.
No exterior, a leitura da produção industrial superando consistentemente as projeções e a revisão piorada anterior nos EUA sustentou o que poderia ser uma abertura negativa com a notícia da possível data limite que será imposta ao Brexit, além de dados consistentes do mercado imobiliário americano.
Com isso, o rally de fim de ano vai ganhando corpo, também se preparando para o enigmático mês de janeiro, quando estatisticamente tanto a bolsa brasileira quanto a americana registram ganhos na maioria das vezes.
Deste modo, o desenho para o apetite pelos prêmios de maior risco está avançando, o que não exime de uma correção nos últimos dias de 2019.
Com o pseudo acordo Fase-1 entre EUA-China, o foco das tensões dos investidores está na possibilidade de não-acordo do Brexit e tal movimento mais uma vez afeta os já sensibilizados indicadores britânicos, como os indicadores de produção e deflação dos índices ao produtor, como divulgado hoje.
Portanto, no curtíssimo prazo, as atenções se voltam a um líder polêmico, com ideias igualmente polêmicas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, mesmo com sinais difusos do Brexit.
Na Ásia, fechamento misto, puxado também pela possível falta de acordo do Brexit.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e min. de ferro.
O petróleo abre em queda, com estoques elevados nos EUA. O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0716 / 0,34 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,144%
Dólar / Yen : ¥ 109,45 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,251%
Dólar Fut. (1 m) : 4066,07 / 0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,99 % aa (2,92%)
DI - Janeiro 25: 6,60 % aa (2,17%)
DI - Janeiro 27: 6,93 % aa (1,76%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6432% / 112.616 pontos
Dow Jones: 0,1107% / 28.267 pontos
Nasdaq: 0,1036% / 8.823 pontos
Nikkei: -0,55% / 23.934 pontos
Hang Seng: 0,15% / 27.884 pontos
ASX 200: 0,06% / 6.851 pontos
ABERTURA
DAX: -0,158% / 13266,89 pontos
CAC 40: 0,153% / 5977,41 pontos
FTSE: 0,194% / 7539,86 pontos
Ibov. Fut.: 0,40% / 112629,00 pontos
S&P Fut.: -0,075% / 3191,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,096% / 8584,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,28% / 80,07 ptos
Petróleo WTI: -0,90% / $60,40
Petróleo Brent:-0,70% / $65,63
Ouro: 0,19% / $1.478,94
Minério de Ferro: -0,01% / $92,09
Soja: 0,69% / $15,65
Milho: -0,26% / $388,75
Café: -2,65% / $132,20
Açúcar: 0,30% / $13,30