A semana de política monetária no Brasil e em uma série de países, de indicadores macroeconômicos de grande relevância como o PIB americano e a inflação embutida nele e de resultados corporativos importantes, também faz a leitura da reeleição de Xi JinPing ao comando da China, podendo se perpetuar no poder.
Dos indicadores econômicos que deixaram de ser divulgados durante o Politburo, o resultado veio misto, porém próximo de como a economia chinesa tem se formatado, com PIB sensivelmente mais forte, seguido de produção industrial, emprego e melhora na balança comercial, porém setor imobiliário ruim e vendas ao varejo mais fracas, consequência ainda da política de Covid-zero.
Neste sentido, espera-se nas próximas semanas alguma mudança nesta política chinesa, de modo a sustentar as expectativas de crescimento do país e sem a interferência política, afinal Xi se consolidou no poder, inclusive com a troca de secretários importantes.
Outro ponto relevante, além da vitória em si, são os discursos e a nova propaganda que se seguir à recondução do presidente, mostrando uma mudança importante da China, desde o processo de abertura mais liberal até 2013 promovido por Hu Jintao e que seria apoiado pelo premiê Li Keqiang, o qual só fica até março próximo.
A “Nova Nova” China deverá ter novamente o foco interno pesado, com intervenção do estado cada vez mais intensa na economia e forte promoção de crescimento econômico, o que pode ajudar países emergentes, em meio à uma possível recessão no hemisfério norte.
De volta ao ocidente, o Reino Unido pode rever o seu “lapso temporal” do partido conservador, ou seja, a pura perda de tempo com a eleição de Liz Truss e finalmente eleger Rishi Sunak como primeiro-ministro britânico, após a desistência de Boris Johnson ao pleito.
Sunak pode se igualar a Lord Liverpool como o mais jovem primeiro-ministro e ser o primeiro filho de imigrantes de ex-colônia a ocupar o cargo, sendo um salto importante ao futuro do Reino Unido, além das qualificações acadêmicas e intelectuais do pleiteante.
A semana pesada já teve intervenção de pouca efetividade do BoJ no câmbio sexta-feira e reserva ainda balanços de Big Techs americanas, decisão do COPOM, BoJ e BCE, IPCA-15, IGP-M, mais uma série extensa de dados de atividade e setor imobiliário.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a semana pesada de balanços e na expectativa a de definição do primeiro-ministro britânico.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com queda nas bolsas chinesas, após a definição do futuro político do país.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, quedas no ouro, cobre e minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, apesar da perspectiva de aumento das sanções contra a Rússia podendo afetar a oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,66%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1635 / -1,00 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / -0,314%
Dólar / Yen : ¥ 149,41 / 1,199%
Libra / Dólar : US$ 1,13 / 0,310%
Dólar Fut. (1 m) : 5173,49 / -1,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,63 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 24: 12,84 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 26: 11,53 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 27: 11,52 % aa (-0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,3535% / 119.929 pontos
Dow Jones: 2,4691% / 31.083 pontos
Nasdaq: 2,3070% / 10.860 pontos
Nikkei: 0,31% / 26.975 pontos
Hang Seng: -6,36% / 15.181 pontos
ASX 200: 1,54% / 6.779 pontos
ABERTURA
DAX: 0,651% / 12813,74 pontos
CAC 40: 0,667% / 6075,67 pontos
FTSE: -0,227% / 6953,90 pontos
Ibov. Fut.: 2,54% / 122196,00 pontos
S&P Fut.: 0,09% / 3767,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,042% / 11354,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,38% / 110,85 ptos
Petróleo WTI: -1,46% / $83,81
Petróleo Brent: -1,16% / $92,42
Ouro: -0,54% / $1.648,54
Minério de Ferro: -0,30% / $90,55
Soja: -0,99% / $1.381,75
Milho: -0,77% / $679,25
Café: 1,41% / $193,70
Açúcar: -0,49% / $18,29
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