ÁSIA: As expectativas com o evento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo dominaram as atenções dos investidores asiáticos nesta segunda-feira, adicionando volatilidade aos mercados regionais e de câmbio. As autoridades da Arábia Saudita disseram que não participarão da reunião na quarta-feira (30/11).
O Nikkei do Japão fechou em queda de 0,13%. A fraqueza do índice de referência japonês deve-se provavelmente à força dos iene, em parte porque investidores procuram pela segurança do iene à medida que aumenta a expectativa de que não se alcançará um acordo na reunião da OPEP. A alta do iene é visto como um fator negativo para as ações de exportadores japoneses. O dólar caiu mais de 1% em relação ao iene, sendo negociado em torno de 112,13, ante níveis acima de 113 na semana passada.
Na Austrália, o ASX 200 terminou 0,79% menor, pesada pelo seu subíndice de energia que caiu 1,93% e de materiais que caiu 1,29%. BHP Billiton que também explora petróleo, caiu 2,60%. Entre outras mineradoras australianas, Rio Tinto (LON:RIO) caiu 1% e Fortescue recuperou 0,9%.
Na Coreia do Sul, o Kospi recuperou das perdas anteriores para fechar em alta de 0,19%. Centenas de milhares de pessoas se reuniram em Seul no fim de semana pela quinta semana consecutiva de protestos contra a presidente Park Geun-hye, que está envolvido em um escândalo sobre tráfico de influência. Samsung Electronics subiu 1,64%, depois que o Seoul Economic Daily publicou que a gigante da eletrônica estava considerando uma divisão em duas empresas como proposto pelo fundo de hedge Elliot Management. A divisão da Samsung Electronic iria aumentar o valor de suas ações.
Na China, o Shanghai Composite terminou 0,46% maior enquanto o Shenzhen Composite fechou em alta de 0,14%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,47%. Na sexta-feira passada (25/11), autoridades reguladores de valores mobiliários da China e de Hong Kong anunciaram que o programa de ligação entre Hong Kong e Shenzhen, muito aguardada por investidores irá iniciar em 5 de dezembro. O link permitirá aos investidores estrangeiros negociarem ações em Shenzhen a partir de Hong Kong e vice versa, semelhante ao que existe entre Hong Kong e Shanghai.
O índice do dólar que acompanha o dólar contra uma cesta de moedas suavizou em 100.98, ante 102,07 da semana passada, nível não visto desde abril de 2003. Segundo analistas, de uma maneira geral, a força do dólar continua no sentido ascendente entre ao vasto programa de infraestrutura do programa de Trump e o iminente aperto pelo Fed.
EUROPA: Mercados europeus operam em queda na abertura do pregão desta segunda-feira em meio às incertezas políticas na Itália e França e aos devaneios em relação a um corte na produção da OPEP que empurrou os preços do petróleo para baixo. Investidores também aguardam o discurso de Mario Draghi, Presidente do Banco Central Europeu, que deverá falar no Parlamento Europeu. O pan-europeu STOXX 600 cai 0,82%, pesada pelo setor de petróleo e gás. Na sexta-feira, o valor de referência pan-europeu subiu 0,2% após uma sessão instável, com volume mais baixo do que o normal em meio às comemorações do feriado de Ação de Graças e terminou a semana em alta de 0,9%.
National Oil Corporation da Líbia (NOC) disse no domingo que não iria tomar parte em qualquer acordo sobre corte de produção pela OPEP e o ministro da Energia saudita Khalid al-Falih disse acreditar que o mercado de petróleo se equilibrará no próximo ano mesmo sem a intervenção dos produtores.
Os investidores também estão preocupados com o próximo referendo na Itália que poderá levar à queda do governo italiano e levantar possíveis preocupações com a recapitalização do sistema bancário italiano. Ações de bancos italianos e outros credores da área do euro seguem sobre pressão. Unicredit (MI:CRDI) opera em baixa após Barclays (LON:BARC) reduziu sua meta de preço para o papel. Banco Popular da Espanha também segue em território negativo depois que o Credit Suisse cortou o preço alvo das ações.
CAC 40 da França recua com investidores digerindo os últimos desenvolvimentos políticos. François Fillon, primeiro-ministro de Nicolas Sarkozy entre 2007 e 2012, um conservador social, ganhou as primárias de centro direita da França no domingo. Isso coloca Fillon como o candidato para concorrer com Marine Le Pen, líder da Frente Nacional nas eleições presidenciais do próximo ano.
Stocks de recursos básicos avançam na segunda-feira com o índice do dólar, que acompanha a moeda americana contra uma cesta de moedas, recuando em meio a uma queda dos preços do petróleo e com o "Trumpflation" sofrendo revés. Isto levou a um aumento do preço do ouro que ajudou a empurrar produtores de metais preciosos Fresnillo (LON:FRES) e Randgold Resources (LON:RRS) para cima em Londres. Outros metais também sobem dando impulso à outros papeis do setor de mineração na FTSE 100. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,3%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 0,1%, Glencore (LON:GLEN) avança 1,5%. Entre as gigantes BHP Billiton cai 0,6% e Rio Tinto avança 0,3%.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA: Não está prevista a divulgação de dados econômicos importantes;
ÍNDICES FUTUROS - 8h00:
Dow: -0,34%
SP500: -0,35%
NASDAQ: -0,28%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.