ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam sem direção nesta sexta-feira, com o fechamento positivo em Wall Street compensando as preocupações com a queda nos preços do petróleo, que ficaram abaixo de US$ 60 o barril pela primeira vez em cinco anos durante a madrugada.
A produção industrial da China em novembro subiu 7,2%, abaixo das expectativas de um aumento de 7,5% da pesquisa da Reuters e abaixo da alta de 7,7% de outubro. As vendas no varejo subiram 11,7%, acima das expectativas para um aumento de 11,5%. Os investimentos em ativos fixos para o período de janeiro a novembro aumentaram 15,8%, em consonância com as expectativas.
O referencial da China Shanghai Composite fechou em alta de 0,47%, mesmo após os dados espalharem preocupações sobre a desaceleração do crescimento do país. A Reuters relatou que Pequim incitou os bancos do continente a acelerar empréstimos nos últimos meses de 2014. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,27%.
No Japão, o Nikkei subiu 0,66%, depois de três sessões de quedas consecutivas e bater uma baixa de duas semanas na quinta-feira, com enfraquecimento do iene e os sinais de resiliência na economia dos EUA. Exportadores lideraram os ganhos, com exceção da Nissan e Honda Motor que caíram, arrastadas por anúncios de recalls devido a problemas com airbags anunciados pela Takata. Enquanto isso, as pesquisas continuam a apontar para uma vitória esmagadora para a coalizão governista nas eleições parlamentares de domingo. As prévias indicam que o bloco LDP-Komeito manterá uma maioria de dois terços no parlamento, dando ao primeiro-ministro Shinzo Abe o mandato que ele precisa para continuar com suas políticas econômicas.
O referencial da Austrália, S & P ASX 200 caiu 0,22%, recuando pela quarta sessão consecutiva e terminou a semana em baixa. As mineradoras recuaram depois que os preços do minério de ferro caíram para o nível mais fraco em mais de 5 anos. Os produtores de minério de ferro como Fortescue Metals e Rio Tinto caíram mais de 2% cada. Os credores também recuaram; Austrália & New Zeland Banking Group e Commonwealth Bank of Australia recuaram 0,7 e 0,5%, respectivamente.
Enquanto isso, o dólar australiano foi negociado a 0,8271 dólar em relação ao dólar norte-americano, perto de níveis de 30 de junho de 2010, após o Presidente do Reserve Bank of Australia, Glenn Stevens, dizer em uma rara entrevista que a moeda continua sobrevalorizada e seria "mais adequado" uma cotação próxima a 75 centavos de dólar.
EUROPA: As bolsas europeias recuam com novas quedas de petróleo West Texas Intermediate abaixo de US$ 60 o barril e após dados da produção industrial da China ficarem aquém das estimativas.
O colapso do petróleo tem aumentado após os três maiores membros da OPEP, Arábia Saudita, Iraque e Kuwait, oferecerem mais descontos para países da Ásia. Os analistas dizem que a queda do preço do crude vai beneficiar principais consumidores de petróleo, incluindo os EUA, Índia e Indonésia, e prejudicar países como a Rússia e os do Oriente Médio. Para o Japão e países europeus que estão preocupados com a deflação, a queda dos preços do petróleo dá margens para implementar políticas monetárias mais agressivas.
O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,8%, com o setor de energia, mais uma vez pesando fortemente sobre o benchmark. Premier Oil e Tullow Oil caem 4,38% e 4,53% respectivamente, enquanto os pesos pesados como BP e Shell perdem 1,94% cada.
As mineradoras que têm uma forte exposição à China também recuam. Anglo American cai 3,11%, BHP Billiton recua 2,39% e Rio Tinto perde 2,11%.
O mais recente programa do BCE, conhecido como TLTRO, correspondeu às expectativas na quinta-feira, mas os resultados não deixaram pistas para os investidores de quando o BCE irá anunciar seu programa de flexibilização quantitativa escala (QE).
AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h30 - Producer Price Index - PPI (mede o preço cobrado pelos produtores) e também o Core PPI (exceção aos preços de alimentação);
12h55 - Prelim UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
12h55: Prelim UoM Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);
ÍNDICES MUNDIAIS (7h40):
ÁSIA
Nikkei +0,66%
Austrália: -0,22%
Hong Kong: -0,27%
Xangai Composite: +0,47%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -1,18%
London - FTSE: -1,31%
Paris CAC 40: -1,21%
Madrid IBEX: -1,107%
FTSE MIB: -1,07%
COMMODITIES
BRENT: -0,61%
WTI: -0,17%
OURO: -0,13%
COBRE: +0,54%
NÍQUEL: +1,45%
SOJA: -0,16%
ALGODÃO: +0,69%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,58%
SP500: -0,52%
NASDAQ: -0,69%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.