O mercado do câmbio estava dividido entre apostas de corte nos juros brasileiro de 0,25pp e de 0,5pp. A Selic ter ficado em 13,25% (corte de 0,5%) ainda carrega um excelente retorno do capital investido no Brasil pelo efeito do carry trade (diferencial de juros). O Copom avaliou que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária.
Enquanto aqui os juros estiverem em dois dígitos, o retorno segue vantajoso. Porém, hoje o mercado pode ter alguma reação a esse corte acima dos 0,25%, que estava precificado e ainda impactado pela notícia da redução da classificação de longo prazo dos EUA pela agência Fitch. Além disso, dados fortes de emprego por lá foram lidos pelo mercado financeiro como maior resiliência do mercado de trabalho à inflação.
E a moeda norte-americana subiu, pelo movimento de aversão a risco na data de ontem. O dólar à vista fechou a terça feira cotado a R$ 4,8051 na venda.
O calendário econômico para hoje está assim. Na Zona do Euro, teremos o PMI de serviços e composto de julho e o IPP (índice de preços ao produtor) de junho. Na Inglaterra, teremos a decisão da taxa de juros. Nos EUA, pedidos iniciais por seguro-desemprego, PMI de serviços e global de julho. E aqui no Brasil também o PMI de serviços e global.
Bons negócios a todos e que tenham muito lucro!