O fim do mês, do trimestre e do semestre foi marcado por um retumbante “rugir de canhões”, com o quarto pior semestre das bolsas americanas em menos de 100 anos, por conta dos temores de uma recessão nas economias desenvolvidas, com uma inflação recorde, catalisada nestes países pelos eventos China/Ucrânia.
Banqueiros centrais confessando estarem perdidos, quando na verdade, deveriam confessar o fato de teimarem em adotar políticas sem comprovação econométrica, conhecidas como MMT (Teoria Monetária Moderna (NASDAQ:MRNA)), na expectativa que os problemas globais “magicamente” desaparecessem, assim como a inflação.
Indicadores econômicos difusos, sem determinar um rumo concreto nas economias centrais, flertando perigosamente com uma recessão sem precedentes, mas que pode atingir mais ao norte do mundo do que ao sul.
É assim que se inicia o novo mês, trimestre e semestre, sem solução dos problemas que atingem o mundo, bancos centrais perdidos, risco de recessão, indicadores econômicos positivos em economias emergentes, que podem se beneficiar mais do que nunca de uma retomada chinesa.
A inflação na Zona do Euro aos 8,6% ao ano é a maior da série histórica do bloco, enquanto no Japão, já dando sinais de alívio, após o pico de 8 anos, agora aos 2,3% ao ano e na China, o PMI Caixin de manufaturas supera a zona de expansão e as projeções, indo a 51,7 pontos.
O resumo é que o problema deixou de ser global e sim muito mais regional, assim como grande parte das soluções deixarão de ter uma interdependência como no passado, o que pode ser observado na mesma disparidade onde indicadores britânicos e alemães superam a média europeia.
Localmente, fazemos as contas das perdas fiscais do pacote de bondades, voltando à pretensa normalidade em ano eleitoral brasileiro, pois em meio à perda de popularidade na pandemia, o governo não consegue coletar os louros de indicadores econômicos positivos como a melhora da atividade econômica, desemprego, fiscal e setor externo.
Na agenda de hoje, os mercados contabilizam a inflação muito forte na Europa, enquanto localmente observamos o IPC-S aos 0,67% (Infinity: 0,73%) e a divulgação de uma série de ISM e PMI no Brasil e EUA, dados americanos de custo de construção e balança comercial brasileira.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com investidores tentando buscar uma direção neste início de semestre.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, apesar dos resultados industriais chineses acima das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre, prata e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com incertezas sobre a oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,17%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2559 / 1,41 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,200%
Dólar / Yen : ¥ 135,46 / -0,206%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,829%
Dólar Fut. (1 m) : 5268,24 / 0,40 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,79 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 24: 13,38 % aa (-1,40%)
DI - Janeiro 26: 12,59 % aa (-1,25%)
DI - Janeiro 27: 12,65 % aa (-0,98%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0837% / 98.542 pontos
Dow Jones: -0,8182% / 30.775 pontos
Nasdaq: -1,3344% / 11.029 pontos
Nikkei: -1,73% / 25.936 pontos
Hang Seng: -0,62% / 21.860 pontos
ASX 200: -0,43% / 6.540 pontos
ABERTURA
DAX: 0,234% / 12813,66 pontos
CAC 40: 0,280% / 5939,46 pontos
FTSE: 0,402% / 7198,02 pontos
Ibov. Fut.: -1,19% / 99809,00 pontos
S&P Fut.: -0,26% / 3779,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,366% / 11486,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,56% / 117,70 ptos
Petróleo WTI: 2,00% / $107,87
Petróleo Brent: 1,72% / $110,91
Ouro: -0,87% / $1.791,28
Minério de Ferro: -3,88% / $114,35
Soja: -1,25% / $1.654,00
Milho: 1,51% / $755,00
Café: 0,41% / $233,60
Açúcar: -0,70% / $18,38