Por algum tempo, investidores alimentam o cenário de “quanto pior, melhor” em termos de resultados macroeconômicos, na esperança de que os Bancos Centrais se sensibilizem e detenham o processo vigente de aperto monetário, ao ponto de revertê-lo.
O problema é quando a coleção de indicadores econômicos, especialmente aqueles considerados antecedentes começa a sinalizar um processo recessivo, sem que todos os sinais emitidos, como mercado de trabalho e serviços, apontem para a mesma direção.
Este é o atual cenário, onde PMIs e ISMs de serviços, dados do mercado de trabalho nas economias europeias, incluso Reino Unido e a mesma linha nos EUA não permite que o se crave o ‘início do fim’ do aperto monetário, porém, criam um contexto antecedente grave de recessão, ou seja, hard landing.
Tendo isso em mente, parte dos investidores começa a buscar as devidas proteções de um cenário econômico adverso em um futuro breve, onde Bancos Centrais se dividem na escolha de manter o atual nível de juros e arriscar perder o controle da inflação ou exagerar na dose e explodir em recessão forte.
Parte do mercado financeiro começa a se alinhar a tal cenário, o qual, portanto, segue a linha do “quanto pior, pior” e a reação aos indicadores negativos pode ganhar nova importância, ainda na linha separada entre serviços e mercado de trabalho de um lado e consumo / indústria / varejo / atividade do outro.
A semana está repleta de indicadores econômicos relevantes na agenda, onde destacamos localmente a inflação do IPCA-15, com percentual em relação à medição de março e o IGP-M aprofundando a deflação, com o IPC-M em níveis próximos ao IPCA.
A “luta” contra a inflação brasileira parece ter rendido frutos, especialmente na medição anterior do IPCA, com alívio marginal dos núcleos e o banco central começa a ganhar corpo para iniciar o processo de afrouxamento, o que não deve ocorrer ainda na reunião da próxima semana.
Junho ou agosto devem ser a data da reversão da política monetária brasileira, coincidindo com o provável fim do aperto em economias desenvolvidas, estas com situação mais complicada do que a nossa.
Na agenda ainda o PIB americano e o importante PCE, balanços corporativos nos EUA e Europa e dados de atividade.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, apesar da alta de Phillips e na expectativa na semana por Techs e hoje, Coca-Cola.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após um fechamento igualmente negativo na semana em Wall St.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque de queda ao minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o aumento das incertezas quanto ao futuro da economia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,78%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0504 / -0,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,228%
Dólar / Yen : ¥ 134,65 / 0,373%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,056%
Dólar Fut. (1 m) : 5052,12 / -0,69 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,23 % aa (-0,35%)
DI - Janeiro 25: 11,97 % aa (-1,23%)
DI - Janeiro 26: 11,79 % aa (-1,34%)
DI - Janeiro 27: 11,94 % aa (-1,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4368% / 104.367 pontos
Dow Jones: 0,0661% / 33.809 pontos
Nasdaq: 0,1070% / 12.072 pontos
Nikkei: 0,10% / 28.594 pontos
Hang Seng: -0,58% / 19.960 pontos
ASX 200: -0,11% / 7.322 pontos
ABERTURA
DAX: -0,055% / 15872,96 pontos
CAC 40: -0,142% / 7566,21 pontos
FTSE: -0,099% / 7906,29 pontos
Ibov. Fut.: 0,44% / 106065,00 pontos
S&P Fut.: -0,23% / 4147 pontos
Nasdaq Fut.: -0,202% / 13063,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 105,48 ptos
Petróleo WTI: -0,31% / $77,63
Petróleo Brent: -0,43% / $81,31
Ouro: 0,08% / $1.984,69
Minério de Ferro: -3,91% / $103,85
Soja: 0,40% / $1.489,50
Milho: -0,57% / $659,50
Café: -0,87% / $194,20
Açúcar: 0,60% / $24,98