É impressionante o número de notícias boas que precisamos ter para que a Bolsa suba.
A eleição resultou na vitória do programa mais liberal já visto na história brasileira, com a nomeação dos ministros mais técnicos e competentes possíveis, em uma plataforma de privatizações e redução de gastos nunca antes defendida.
Na economia, seguimos em recuperação, mesmo que moderada, e temos um grande período de estabilidade da inflação e possivelmente dos juros pela frente.
Mesmo assim, ao invés do tão esperado rali, estamos vendo uma grande volatilidade sem tendência de alta na Bolsa.
Pode ser o externo atrapalhando, com o Fed insistindo em um discurso austero e altas de juros em dezembro e no ano que vem, a contragosto de Trump. Pode ser também a guerra comercial entre China e EUA que deixa sempre uma sombra de risco de colapso do comércio mundial.
Pode ser o aumento do STF que, segundo o noticiário, Temer não vai vetar. Pode ser o medo que ainda persiste de que Bolsonaro não conseguirá apoio do Congresso para aprovar a reforma da Previdência.
O fato é que as ações, para subirem, precisam de aceleração no crescimento do lucro. Ou seja, não basta que o lucro cresça consistentemente a 15 por cento ao ano. Ele tem que ter uma aceleração, para que suas ações continuem subindo.
A empresa tem que escalar um Everest por ano.
Reduzir custos, expandir atuação, diversificar produtos, aturar os custos trabalhistas, os pesados impostos, as mudanças regulatórias. Nossa! Haja criatividade.
Agora, na renda fixa, nada disso precisa acontecer. E essa é a beleza desse tipo de investimento.
Só precisamos de uma simples coisa: que o emissor pague a sua dívida!
Ele não precisa crescer, ser o melhor, plantar bananeiras ou escalar o pico da montanha. Somente pagar a dívida!
Eu, pessoalmente acho esse investimento muuuuuuuuito mais fácil!
O Bruce Barbosa, claro, vai discordar…
Mas cada ano que a bolsa fica parada, a renda fixa sai em disparada.
Por exemplo, em maio de 2008 o Ibovespa estava a 71 mil pontos. Essa cotação somente foi alcançada novamente em setembro de 2017 e, portanto, 9 anos e meio depois.
O investidor do Ibovespa ficou quase 10 anos sem ganhar rentabilidade alguma!! Isso mesmo, nada nada!
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