A China está enfrentando dificuldades com o rígido lockdown implantado em Xangai. O mercado de trabalho não têm, dessa forma, condições de manter a produção interna, e isso acarreta a distribuição da cadeia de suprimentos para o mundo todo.
Ponto este que reflete a economia norte americana, que está sofrendo com o índice de inflação mais alto dos últimos 40 anos.
As empresas não estão conseguindo atender a demanda da população devido à escassez de suprimentos, sendo assim, a oferta acaba ficando mais alta e acarreta uma alta da inflação para o consumidor, ponto visto na última divulgação do IPC – Índice De Preço ao Consumidor, da economia americana.
Na última quarta-feira (20), foi divulgado no Livro Bege do Federal Reserve, o ponto enfrentado referente a distribuição da cadeia de suprimentos, escassez de trabalhadores e aumento no custo, confirmando a dificuldade em atender a demanda.
Esse cenário consolida a possibilidade de aumento da taxa básica de juros nos EUA. Na última reunião houve um aumento de 0,25 p.p, fato que não acontecia a mais de três anos. Até o ajuste a taxa que era mantida em 0,25% foi ajustada para 0,50%.
Esse ajuste na taxa reflete na taxa de empréstimos financeiros e ajuda a combater a inflação.
Durante a pandemia, teve alta tomada de empréstimos, principalmente por empresas de tecnologia que utilizaram do montante financeiro para aumentar a equipe, e melhorar processos e serviços para atender a demanda global.
Fato que não pode ser esquecido, é a injeção de dinheiro que o Fed realizou, injetando aproximadamente 500 Bilhões de dólares na economia para as empresas se financiarem no auge da crise.
A autoridade monetária dos EUA também estuda aceleração do Tapering, que seria a retirada desses estímulos econômicos.
O mercado de trabalho está em progresso, apresentando uma taxa de desemprego de 3,6%, mas a rotatividade dos trabalhadores é alta, devido a busca por horários de trabalhos mais flexíveis, maiores salários e benefícios.
Agora, é necessário aguardar a próxima reunião do Federal Reserve, que vai acontecer no dia 3 e 4 de Maio, para confirmar a visão do quadro inflacionário e econômico pelo Banco Central dos EUA.