Com a população em massa no domingo 26 de maio às ruas em defesa do governo Bolsonaro e a reforma da Previdência, investidores sentiram firmeza na vontade política de fazer as reformas. Foi algo inédito talvez na História do mundo, o povo espontaneamente tomando as ruas em defesa de uma Reforma. E se tem algo que os congressistas brasileiros temem é a voz das ruas. E é bom que seja assim, Vox Populi, Vox Dei.
Vimos nas duas últimas semanas a Bolsa brasileira indo de 90.000 para 97.000. Nada mal. nada mesmo. Dava para comprar BOVA11 gulosamente. É verdade que o suporte de 92.000 foi perdido, mas formou um mais forte ainda em 90.000. E a força das reformas foi tal que não duvido vencer o 98.000 e subir até o 100.000 que tanto celebramos.
Na Bolsa há que ser objetivo. Ficar lendo reportagem com torcida contra o governo e intriga vai ser apenas... torcida. O mercado financeiro dá de ombros para isso. Já havia quem, há duas semanas atrás, prognosticasse como certo o impeachment de Bolsonaro apenas por muxoxos com deputados. Quem seguiu isto na Bolsa vendeu na baixa há duas semanas. Pois bem, o que se viu foi o povo nas ruas e Congresso sensibilizado.
O discurso de que o governo não tem articulação e merecia o impeachment foi revelado como pura e simples fake news, que derrubou os mercados que agora se corrigem para cima. Devo dizer que os ódios políticos estão cegando muita gente, e fazendo perder dinheiro. A objetividade tem passado longe das análises, inclusive econômicas. Não há dúvidas que no establishment muita gente odeia Bolsonaro e os valores populares que o elegeram. Entretanto quando isso é levado do comentário político em clave meramente retórica para o comentário econômico que é, ou pelo menos deveria ser ser, analítico, é a fórmula de se perder.
O poderoso dólar não parecia acompanhar inversamente a queda da bolsa. Caia, é verdade, porém sem muito gosto. Até sexta...
Logo no início da semana, a China teve de intervir num de seus bancos, o Baoshang, sob risco de crédito. É, meus caros, é assim que começa. Você nunca sabe qual floco de neve vai começar a avalanche, nunca sabe qual dominó caindo vai começar a queda do resto, qual gota vai entornar a taça.
Até que veio a estranha sexta, com os movimentos esquisitíssimos do dólar, ouro e petróleo. Em todos os gráficos, observem o bem último candles de sexta-feira, um movimento dos mais curiosos em volatilidade.
Pois bem, sexta-feira, Donald Trump, já tendo castigado os chineses com tarifas, resolve castigar os mexicanos... prometeu tarifas progressivas contra o México se eles não dessem um jeito na imigração ilegal. Guerra tarifária é uma arma de pressão política internacional, há que se lembrar. Ato contínuo, o índice dólar caiu, caiu o petróleo feio (3%) e subiu o ouro. A Bovespa deu uma freada até, segurando o ânimo com as manifestações populares em apoio a Bolsonaro. É muito interessante ver como se comportam as ações da Petrobrás quando a Bolsa de São Paulo está animada e o mercado de petróleo está deprimido, dado ser o México um dos grandes produtores. Qual fator vence a batalha pela alma de PETR4?
Donald Trump, assim como Jair Messias Bolsonaro, é um político de massas, anti-establishment e tem como sua plataforma defender seu país. O americano precisa aproveitar a bonança da economia para pôr a China e o México em melhores termos. Mas, como aqui no Brasil, o ódio a Trump movimenta os noticiários. Pouco há de sensato a se ler. Passe ao largo, veja os fundamentos, veja a macroeconomia. Perde dinheiro quem segue ódios políticos.