Qual a Previsão da Taxa de Juros da Poupança para 2019?

Publicado 16.02.2019, 14:26

Você tem economizado ao longo da vida e deixado o seu dinheiro na poupança? O dinheiro não está rendendo e parece que há algo errado? Não há nada errado, é isso mesmo! Apesar de ser um investimento bastante popular, os juros da poupança são muito baixos, fato que torna essa forma de investimento muito pouco atrativa.

Mas nem tudo está perdido. Se você possui recursos na poupança, você tem o hábito de economizar e guardar. Então não tenha medo de investir! Neste post explicaremos por que não é aconselhável investir na poupança em 2019 e mostraremos algumas opções mais rentáveis para aplicar seus recursos.

Previsão para a poupança em 2019

O rendimento da poupança vai depender do valor da taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). De acordo com uma regra criada em maio de 2012, a taxa de juros da poupança tem duas maneiras de ser calculada:

1. Caso a taxa Selic fique acima de 8,5% ao ano, o juro da poupança será de 0,5% ao mês mais a TR (Taxa de Referência).

2. Caso a taxa Selic se mantenha abaixo de 8,5% ao ano, a poupança vai render 70% da Selic mais a TR.

Seja qual for a situação, o rendimento tende a ser fraco em relação a outros instrumentos financeiros. Ao final de 2018, a Selic bateu 6,5%, chegando ao seu menor nível histórico, e é muito provável provável que o primeiro método seja usado para calcular os juros da poupança. Como a TR está na marca de 0%, o retorno será 70% da Selic.

Conforme informado no relatório Focus, que expõe as expectativas de mercado frente aos mais importantes índices econômicos do país, a taxa Selic deve ficar em torno de 8% para o ano de 2019.

Levando em conta que 70% desse valor equivalem a 4,55% ao ano e que a meta da inflação é de 4,5%, o ganho real da poupança anual é de 0,1% aproximadamente. Comparado a outros investimentos, portanto, a poupança fica bem atrás em termos de retorno.

Opções mais rentáveis que a poupança

Existem outras opções tão seguras quanto a poupança e com maior rentabilidade. Confira.

Tesouro Direto

Este é um investimento de renda fixa. Consiste na realização de um empréstimo junto ao governo federal, com data acordada para o retorno do valor emprestado acrescido de uma taxa. Essa taxa consiste num “prêmio” pelo empréstimo, e a maneira de calcular a cota varia de acordo com o tipo de título em questão. Existem três possibilidades de escolha:

Tesouro prefixado

Nesse instrumento, a taxa de rendimento é acordada no momento da compra. Atualmente está entre 8% e 9%. A frequência de pagamento dos juros pode ser anual ou semestral. Historicamente, esse papel sofre pouca oscilação.

Tesouro SELIC

Diferentemente do anterior, seu rendimento é pós-fixado. O provento deste título fica atrelado à Selic Over, que é definida pelo mercado e calculada todos os dias. Portanto, uma variação positiva da SELIC trará uma valorização ao seu ativo. É muito utilizado para criar fundos de emergência, uma vez que oferecei facilidade de saque.

Tesouro IPCA

É considerado um instrumento híbrido por ter um rendimento prefixado e um pós-fixado. Pode-se dizer que este ativo gera ganhos reais uma vez que ele garante retornos acima da inflação. Por ser capaz de evitar o poder corrosivo gerado pela inflação, ele é muito utilizado no planejamento de aposentadorias.

Esses 3 tipos de títulos possuem rendimentos acima da poupança, baixo risco e alta liquidez. O valor mínimo para começar a investir no tesouro é R$30,00

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

O CDB é um instrumento de renda fixa que gera recursos para um banco em forma de empréstimo oferecido por um investidor. O banco, por sua vez, utiliza esse valor para oferecer empréstimos e financiamentos aos seus clientes.

O pagamento por esse empréstimo está baseado no CDI ( Certificado de Depósito Interbancário) e é entregue junto ao valor do principal na data de vencimento do papel. O valor do prêmio nem sempre estará ligado a 100% do CDI, pois depende do período de tempo do empréstimo. Quanto maior for esse prazo, maior será o percentual do CDI a pagar.

Esses títulos, em muitas ocasiões, possuem prazo de carência. Esse é o período em que o ativo não pode ser resgatado. Passado esse período, o título passa a ter liquidação diária.

O principal risco atribuído a investimentos nesse título é o de o banco quebrar e não conseguir honrar sua dívida (risco de crédito). Porém, este ativo é coberto por um fundo especial, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), no valor de até R$250 mil por CPF emissor.

Usualmente o valor mínimo para aplicações neste instrumento financeiro inicia em R$ 10.000,00. Ele é simples e recomendado para investidores iniciantes ou experientes.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

A LCI e a LCA possuem características semelhantes, sendo a principal a captação de recursos para utilização de financiamento em atividades fins pré-definidas. Quem as emite, portanto, tem a obrigação de utilizar os recursos no respectivo mercado. Os dois títulos são emitidos por bancos.

A vantagem desses instrumentos é a isenção de imposto de renda, o que não acontece no Tesouro Direto e no CDB. Assim, o governo torna atrativa a busca por esses instrumentos, gerando recursos para áreas economicamente estratégicas. Podem ser pré-fixadas ou pós-fixadas e são garantidos pelo FGC. Ambas possuem prazo de carência e baixa liquidez e o ideal é conseguira sacá-las apenas na data do seu vencimento.

Essas são algumas opções de renda fixa com características semelhantes à poupança, porém com retornos maiores. Portanto, não há mais motivos para você se prender aos baixos juros da poupança! Mas qual dessas ferramentas de investimento deve ser escolhida? É essencial que você trace seus objetivos financeiros para descobrir o seu perfil de investidor. Assim, você pode direcionar o seu capital de forma cirúrgica para alcançar suas metas.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.