CENÁRIO MACROECONÔMICO
À frente do dia mais importante do calendário econômico, com o mercado de trabalho americano e a inflação oficial brasileira, o ataque dos EUA à Síria altera parte do escopo dos investidores.
Obviamente, apesar da seriedade do evento, não se pode desprezar o potencial de tais indicadores, em vista às perspectivas de continuidade das políticas monetárias até este momento adotadas pelos respectivos bancos centrais.
No Brasil, as inflações têm dado reiterados sinais de descompressão no núcleo, o que é importante para que o ciclo de corte de juros se aprofunde na próxima semana, porém o imbróglio político tem peso considerável na decisão de um aprofundamento ainda mais significativo.
Já a economia americana tem dado reiterados sinais de aquecimento e ganhos no mercado de trabalho, sem necessariamente alterar as projeções de inflação de longo prazo, ao ponto do Fed emitir não sinais claramente hawkish (de alta de juros).
Com isso e pela falta de clareza da política econômica americana, a atenção se redobra aos resultados de indicadores como o Payroll e o CPI.
CENÁRIO POLÍTICO
O ataque americano à Síria se desenhava há algum tempo, principalmente após o anúncio da saída de Steve Bannon, o qual incrivelmente tentava “cavar” um conflito armado, porém em escala desproporcional à uma cortina de fumaça como a atual.
“Com a popularidade de Obama despencando - espere que ele lance um ataque à Líbia ou ao Irã. Ele está desesperado”. Este é um tweet de Trump em 2012 e em 2013, o atual presidente alertava das consequências desastrosas de um ataque. Faça o que eu digo...
No Brasil, o recuo de Temer em parte das reformas era esperado, em vista às polêmicas do tema e da esperada desidratação da reforma.
O que não se esperava era que o recuo soasse quase desesperado, em vista ao tal “placar da previdência”. É mais do que natural agora a revisão das perspectivas fiscais para os próximos anos.
CENÁRIO DE MERCADO
Apesar de se esperar uma reação mais gutural do mercado com os ataques à Síria, as bolsas na Europa abriram negativa, porém operam mais próximas à estabilidade, ainda na expectativa de indicadores importantes na agenda econômica. Os futuros em NY abrem estáveis.
O dólar, o qual abriu a sessão em franca descompressão já se reverte ao positivo em termos globais, enquanto o rendimento dos Treasuries é negativo neste momento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities, as altas mais pronunciadas obviamente são do petróleo e ouro, porém são acompanhadas no geral por outras commodities, com exceção do minério de ferro, ainda em queda.
Cenário de abertura ainda não firma uma tendência em resposta à dimensão do evento geopolítico. Portanto, atenção e sem pânico.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1434 / 0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,160%
Dólar / Yen : ¥ 110,71 / -0,090%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,401%
Dólar Fut. (1 m) : 3154,87 / 1,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,55 % aa (1,17%)
DI - Janeiro 21: 10,00 % aa (1,52%)
DI - Janeiro 25: 10,34 % aa (1,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,85% / 64.223 pontos
Dow Jones: 0,07% / 20.663 pontos
Nasdaq: 0,25% / 5.879 pontos
Nikkei: 0,36% / 18.665 pontos
Hang Seng: -0,03% / 24.267 pontos
ASX 200: 0,11% / 5.862 pontos
ABERTURA
DAX: -0,372% / 12185,42 pontos
CAC 40: -0,055% / 5118,64 pontos
FTSE: 0,140% / 7313,43 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64224,00 pontos
S&P Fut.: 0,013% / 2354,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,014% / 5423,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,22% / 85,82 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $52,22
Petróleo Brent:0,62% / $55,23
Ouro: 0,91% / $1.263,15
Aço: -0,65% / $78,92
Soja: -0,55% / $18,03
Milho: 0,00% / $360,75
Café: -0,33% / $137,00
Açúcar: 1,52% / $16,65