Na ausência de um consenso interno, de uma proposta única, com os ajustes necessários para passar de maneira mais célere no congresso, o PT decidiu pelo famoso “all in”, ou seja, foi para o tudo ou nada.
Neste tempo todo, em meio à série de “balões de ensaio” e “bodes na sala”, o partido decidiu, enfim, colocar a proposta original da PEC do Fim do Teto, embarcando todas as promessas de campanha, desrespeitando o PLOA e todos que o aprovaram.
O sinal de apoio a Lira à presidência da câmara, de forma a evitar o erro crasso de Dilma ao apoiar à cassação de Cunha em 2015 no conselho de ética não deve ser suficiente para ganhar apoio irrestrito ao projeto.
É um waiver muito maior que qualquer presidente já recebeu e deixa o novo governo numa situação de muito conforto, com tudo praticamente aprovado, sem precisar enfrentar o novo congresso, notadamente mais hostil na sua composição parlamentar.
Deste modo, devem retornar as reações dos investidores à baixa qualidade da proposta e ao desenho de sua aprovação no exíguo prazo que existe, antes do recesso parlamentar.
Quanto ao congresso, parte dos sinais por ali emitidos, especialmente por Lira não são positivos, mesmo que estrategicamente o PT tenha decidido voltar atrás ao desejo de tomar a si a casa, embalados pelo resultado das urnas, o qual foi favorável no executivo nacional, mas fraco no restante.
No mercado internacional, as atenções aos membros do Fed mais hawkish surtiram efeito nos mercados, porém, se relembrarmos, não existe novidade nenhuma nas falas de Bullard, só um reforço de suas posições, quando citou a regra de Taylor para basear o cenário de juros.
Mester e Williams calibraram um pouco o cenário que foi emitido por membros do Fed nas semanas anteriores e aparentemente, o ciclo de juros continua a depender do mercado de trabalho, que divulga uma extensa serie de dados esta semana, entre eles a renda e o desemprego.
Na sessão de hoje, agenda Brasil pesada, com IGP-M, Caged, arrecadação, balanço do governo central e nos EUA, mercado imobiliário, além da série de deflações regionais divulgadas na Alemanha.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na semana pesada de indicadores nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, exceto Nikkei, apesar das vendas ao varejo mais fortes no Japão, após a China sinalizar mudanças na política de COVID zero e promover a campanha de vacinação em massa de idosos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com a possibilidade de retomada da atividade econômica na China impulsionar as commmodities.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,32%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3656 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / 0,281%
Dólar / Yen : ¥ 138,06 / -0,648%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,460%
Dólar Fut. (1 m) : 5368,15 / -0,95 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,07 % aa (0,07%)
DI - Janeiro 24: 14,29 % aa (-1,31%)
DI - Janeiro 26: 13,51 % aa (-1,35%)
DI - Janeiro 27: 13,40 % aa (-1,51%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1785% / 108.782 pontos
Dow Jones: -1,4487% / 33.849 pontos
Nasdaq: -1,5754% / 11.050 pontos
Nikkei: -0,48% / 28.028 pontos
Hang Seng: 5,24% / 18.205 pontos
ASX 200: 0,33% / 7.253 pontos
ABERTURA
DAX: -0,236% / 14349,46 pontos
CAC 40: 0,011% / 6665,95 pontos
FTSE: 0,571% / 7516,70 pontos
Ibov. Fut.: -0,14% / 109377,00 pontos
S&P Fut.: 0,20% / 3978 pontos
Nasdaq Fut.: 0,407% / 11658,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,86% / 115,37 ptos
Petróleo WTI: 2,20% / $78,94
Petróleo Brent: 2,44% / $85,22
Ouro: 0,79% / $1.754,82
Minério de Ferro: 2,66% / $99,95
Soja: 0,21% / $1.461,25
Milho: -0,15% / $668,50
Café: -1,77% / $160,65
Açúcar: -0,67% / $19,24