Quando abordamos o sobe e desce da bolsa de valores no Brasil, é impossível negligenciar o impacto substancial exercido por outras nações. Depois de uma queda considerável nos últimos meses, agosto está mostrando que o dólar ainda tem força para se recuperar frente ao real.
Muita coisa pode mexer com o mercado financeiro, tanto de dentro quanto de fora do Brasil. Vamos dar uma olhada nas notícias recentes e nas que podem vir a impactar o futuro:
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O encontro dos países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que começou no dia 22 e vai até o dia 24 de agosto, merece nossa atenção. Com as recentes altas do dólar, os participantes desse encontro estão discutindo novamente o lugar do dólar nas transações globais.
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A balança comercial do Brasil teve um saldo positivo de mais de US$ 2,4 bilhões na terceira semana de agosto.
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As importações e exportações estão crescendo, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.
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A reforma tributária no Brasil ainda é uma incógnita que causa incerteza.
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A China diminuiu menos do que o esperado os cortes nas taxas de empréstimos, possivelmente para proteger sua moeda que enfrentou recentes desafios, afetando a estabilidade financeira. Isso deixa dúvidas sobre a recuperação econômica chinesa e sobre a redução do estímulo ao consumo.
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A alta dos preços do petróleo internacional dá suporte às moedas dos países exportadores dessa matéria-prima.
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Há uma preocupação crescente de que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) mantenha as taxas de juros altas por mais tempo, ao mesmo tempo que o déficit do governo americano ganha destaque, impactando o câmbio local.
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O discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, agendado para a sexta-feira, dia 25, também está na mira.
Dá para perceber que várias coisas podem influenciar o dólar em relação ao real, assim como as moedas de outros países emergentes.
Se olharmos para os gráficos, ainda estamos em um período de ajustes significativos, com chances de atingir os níveis de 5.021 e 5.092. Esse último valor pode marcar uma possível mudança na trajetória de queda. Mesmo com alguns sinais de melhora desde o final de julho, o mercado agora enfrenta um obstáculo gigante: os R$ 5,00.
Na minha visão, o dólar tem potencial para chegar a alvos entre 5.059, 5.100,22 e 5.191,79. No entanto, precisa sair desse intervalo estreito em que está para que os especuladores consigam se movimentar mais e alcançar o desejado. Se conseguir romper a barreira dos 5.014, é provável que alcance esses objetivos mencionados.
E aí, será que veremos o dólar passar dos R$ 5,00 ainda em agosto, ou ele vai ficar preso nessa faixa até o final do mês? Compartilhe suas opiniões e vamos discutir