As cotações do trigo vêm registrando aumentos expressivos no mercado brasileiro nos últimos dias. No Paraná, a alta na parcial deste mês já ultrapassa os 10% e no Rio Grande do Sul, se aproxima dos 8%, com as médias passando para R$ 918,56/tonelada e R$ 840,00/t, respectivamente nessa segunda-feira, 13. Pesquisadores do Cepea indicam que, com a forte reação da matéria-prima, moinhos precisaram, novamente, aumentar os valores de venda das farinhas. Mesmo com o mercado deste derivado desaquecido – em razão da queda no consumo de produtos finais –, moinhos afirmam que o repasse foi necessário para a manutenção das margens. No segmento de farelo, os valores têm sido impulsionados pela maior demanda por parte das indústrias de ração, valorização que tende a continuar enquanto não houver milho suficiente para atender indústrias de ração.
AÇÚCAR: Baixa oferta impulsiona preço no spot paulista
As chuvas no estado de São Paulo continuaram interrompendo a produção de açúcar cristal na última semana. Muitas usinas chegaram a paralisar a moagem por uma semana. Segundo pesquisadores do Cepea, as unidades que retomaram a moagem a partir da quarta-feira, 8, quando a chuva cessou, produziram açúcar tipo VHP, destinado ao mercado externo. Nesse cenário de baixa oferta, o preço do açúcar segue em alta no spot paulista. Na segunda-feira, 13, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180, mercado paulista, fechou a R$ 83,11/saca de 50 kg, elevação de 4,08% em relação à segunda anterior, 6.
ETANOL: Usinas retomam atividades, mas negócios seguem lentos
Desde o início de junho, a colheita e a moagem de cana estavam paralisadas em diversas regiões do estado de São Paulo. Na última quarta, no entanto, o clima melhorou nas principais praças paulistas e usinas puderam retomar as atividades. Segundo colaboradores do Cepea, algumas unidades ainda não haviam conseguido produzir no estado neste mês. Compradores, por sua vez, estiveram retraídos na última semana, adquirindo apenas o necessário para abastecer os estoques. A previsão de que as chuvas dariam lugar ao tempo seco fez com que distribuidores esperassem para negociar quando a oferta crescesse, em busca de preços menores. Entre 6 e 10 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 1,5355/litro (sem impostos, a retirar), praticamente estável em relação à semana anterior. O Indicador semanal CEPEA/ESALQ do anidro combustível fechou a R$ 1,7348/litro (sem impostos, a retirar), elevação 1,5% em relação à semana anterior.