ETANOL: Preço do hidratado cai pela segunda semana
Pela segunda semana consecutiva, os preços do etanol hidratado caíram no mercado paulista. Entre 23 e 27 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) do hidratado foi de R$ 1,7191/litro (sem impostos, a retirar em usina), baixa de 0,7% em relação à semana anterior.
Segundo pesquisadores do Cepea, usinas continuaram ofertando um volume maior do produto, dada a necessidade de “fazer caixa” para arcar com despesas de fim de safra e de final de ano. A demanda, por sua vez, seguiu enfraquecida, refletindo a perda de competitividade do biocombustível frente à gasolina nos postos de praticamente todos os estados brasileiros.
Quanto ao anidro, houve estabilidade na semana, com o Indicador a R$ 1,9767/litro (sem impostos, a retirar em usina).
AÇÚCAR: Indicador atinge R$ 78/sc
Os preços do açúcar seguiram em alta no final de novembro e o Indicador CEPEA/ESALQ do cristal cor Icumsa entre 130 e 180, mercado paulista, fechou a R$ 78,41/saca de 50 kg, na segunda-feira, 30, alta de 6,75% no acumulado do mês.
Segundo pesquisadores do Cepea, a movimentação no mercado de cristal seguiu estável, mas foi menor que a observada na primeira quinzena de novembro.
As chuvas foram um pouco mais intensas na maior parte das regiões produtoras de cana do estado de São Paulo e interromperam a moagem e a produção em alguns dias, cenário que influenciou as novas altas nos preços.
TRIGO: Demanda diminui, mas preço ainda está firme
A demanda de moinhos por trigo em grão nacional está enfraquecida. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns compradores se mostram abastecidos com o cereal adquirido no início da safra e outros também indicam que têm programações para receber o grão importado no início de 2016.
Além disso, com a chegada do final do ano, parte das empresas deve entrar em férias coletivas, reduzindo o interesse comprador para pronta entrega.
Do lado vendedor, parte dos triticultores tenta negociar o cereal, no intuito de “fazer caixa” para o final do ano e liberar um pouco de espaço nos armazéns para a entrada da safra de verão brasileira – soja e milho. No geral, a liquidez está baixa e os negócios têm sido apenas pontuais.