O dólar à vista fechou a R$ 5,0532, em queda de 0,52% , o que levou a desvalorização acumulada em fevereiro a 1,99%. O pregão foi marcado por muita cautela, dado o grau de incerteza em relação à duração do conflito militar e à magnitude dos impactos das sanções à Rússia sobre a economia mundial.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no início da tarde a proibição de importação de petróleo e gás da Rússia.
Para puxar viés de alta no dólar temos os temores de desaceleração da atividade econômica global com inflação elevada (a temida estagflação), e aversão ao risco externo com a Guerra Rússia / Ucrânia.
Já por outro lado, para fortalecer o real temos: a alta das commodities, que favorece exportações brasileiras, e os juros reais elevados no Brasil, que estimulam a entrada de moeda estrangeira. A guerra provavelmente manterá o fluxo de caixa para a região exportadora de commodities.
As restrições de investimento na Rússia, Ucrânia e países vizinhos podem aumentar o peso da América Latina nas carteiras de mercados emergentes.
Creio que haverá um custo em toda a região dos preços mais altos das commodities, é provável que eleve a inflação, e os bancos centrais provavelmente aumentarão as taxas de juros de forma mais agressiva. Neste cenário aumentaria ainda mais o fluxo de capital para cá com o movimento de carry trade.
Hoje conheceremos o fluxo cambial estrangeiro no Brasil e as ofertas de emprego de janeiro nos EUA.