A pressão de baixa imposta pelas indústrias vem perdendo força. Não está fácil tornar efetivas as ofertas de compra em preços menores.
Apesar da demanda fraca, a oferta de gado está restrita e esse é o fator que tem contido as baixas, impedindo recuos mais significativos para a arroba.
Esse cenário fica mais evidente na praça de São Paulo. No estado, a referência para o boi gordo segue estável há duas semanas e a arroba ficou cotada em R$150,50, à vista, livre de Funrural, na última terça-feira (22/1).
A maioria dos frigoríficos paulistas trabalha com escalas de abate que atendem ao redor de três dias.
No restante do Brasil, o mercado está relativamente calmo, com alterações pontuais de preços em algumas praças, mas sem tendência definida.
Nestes últimos dias do mês, a expectativa fica por conta da dificuldade para o escoamento da produção, se ela será suficiente para reduzir as referências para a arroba de maneira mais intensa, frente a esta oferta limitada.
A Arábia Saudita e as exportações de carne de frango brasileira
Os principais destinos da carne de frango durante o ano foram, em primeiro lugar a Arábia Saudita, seguido da China, Japão, África do Sul e Emirados Árabes.
Na última terça-feira (22/1) o mercado foi surpreendido pela possível suspensão de uma parte das plantas habilitadas aos embarques de carne de frango, do nosso principal importador, a Arábia Saudita. Em 2018 o país representou aproximadamente 14% da nossa exportação total.
Por Marina Zaia e Pâmela Andrade (Scot Consultoria)