Os compradores seguem “apertando” o mercado, tentando comprar por preços cada vez menores. Por enquanto, não há sinalização de melhora nas vendas de carne, mesmo que a semana de pagamento de salários esteja mais próxima, e daí vem a pressão para reduzir custo da matéria-prima.
Apesar das margens, tanto da operação de desossa quanto de venda da carcaça, estarem acima da média histórica, isso pouco tem ajudado o mercado do boi gordo, já que o giro dos estoques está ruim e a ociosidade é considerável, o que mantém a falta de interesse em alongar as programações de abate.
A seca, a falta de pasto em algumas regiões e a consequente redução na capacidade de suporte do capim ajudam na pressão baixista.
Assim, fica fácil testar o mercado com preços até R$3,00/@ menores que a referência. É claro que não há compras neste patamar, o mercado trava mediante estas ofertas, mas as indústrias “sentem” o mercado com este comportamento.
Em São Paulo, há quem oferte, mesmo sem folga nas escalas de abate, até R$144,00/@, à vista. Preços maiores que a referência geralmente são com prazos maiores. Há possibilidade, por exemplo, de negócios por R$151,00/@ para pagamento em quinze dias.
A carne bovina está estável. Há certa resistência, apesar do mercado ruim, em reduzir os preços para, pelo menos, preservar as margens de venda.
Mercado do milho mais firme na segunda quinzena de janeiro
A oferta ainda restrita (início de colheita da safra de verão) e as chuvas em excesso em algumas regiões produtoras, fato que tem prejudicado o andamento neste início de colheita, deram sustentação às cotações.
Por Alex Santos Lopes da Silva e Rafael Ribeiro (Scot Consultoria)