A semana termina consolidando o viés de baixa. Desde o começo do ano a oferta restrita vinha sendo o “contrapeso” da demanda ruim, freando as tentativas das indústrias de impor referências menores ao mercado. Mas já se foram quatro semanas em janeiro, nada do consumo melhorar e a disponiblidade de gado aumentou ligeiramente.
O resultado disso é um viés baixista em quase todas as praças. Não há muito interesse por parte dos compradores em alongar as escalas. Assim, as tentativas de alguns pecuaristas de reter a boiada no pasto não têm sido efetivas no sentido de dar sustentação aos preços.
É importante deixar claro que, embora existam ofertas de compra por até R$3,00/@ abaixo da referência em todas as regiões do país, este tipo de pressão trava o mercado, não permite que as compras aconteçam. Não há gado terminado em quantidade suficiente para que isto vire referência de uma hora para outra.
Em São Paulo, por exemplo, há quem oferte até R$145,00/@, à vista, mas compras em volumes maiores ocorrem a partir de R$147,00/@, nas mesmas condições.
No começo do ano o boi casado era negociado a R$10,01/kg. A referência atual é R$9,29/kg, queda de 7,1% no período.
Mercado do boi gordo pressionado
Demanda fraca por carne e oferta um pouco maior de boiadas deve manter pressão de baixa para o boi gordo.
Por Alex Santos Lopes da Silva e Hyberville Neto