Por Mariana Guimarães e Julia Monsalve
Com boa parte das indústrias frigoríficas analisando o mercado na manhã de segunda-feira, o cenário foi de estabilidade nas praças pecuárias paulistas em relação à última sexta-feira (15/3). Com isso, a cotação segue estável há 12 dias úteis para o boi comum e “boi China”, e 14 dias úteis para as fêmeas.
Alagoas
O mercado permaneceu estável para todas as categorias de bovinos destinados ao abate frente à última sexta-feira (15/3).
Região de Marabá no Pará
Na região, a cotação das fêmeas recuou, com queda de R$3,00/@ para a vaca gorda, ou 1,6%, e R$5,00/@, ou 2,5%, para a novilha gorda, em relação ao fechamento de sexta-feira (15/3).
Para o boi comum e “boi China”, os preços permaneceram firmes.
Mercado atacadista de carne com osso
As cotações das carcaças casadas de bovinos estão pressionadas. Com isso, apenas a carcaça de bovinos inteiros permanece estável. Enquanto para bois castrados, vaca e novilhas casadas, houve retração de -1,6%, -2,5% e -1,7%, respectivamente.
Para as outras carnes, como a carcaça especial suína*, nota-se alta de 5,3%, em comparação com a última semana. A cotação do frango médio** apresentou queda de 0,8%. Portanto, com a queda mais expressiva para a cotação das carcaças de bovinos, a proteína está mais competitiva.
*Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.
**Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.
Um março de extremos climáticos
Durante as próximas semanas, devem ocorrer chuvas em todo o território nacional.
Norte e Nordeste são as regiões com maiores índices de pluviometria. Essas áreas são afetadas pela combinação de calor e alta umidade, juntamente com a influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma área próxima ao Equador onde massas de ar úmido e quente convergem, resultando em chuvas intensas. Esses fenômenos continuam a influenciar as instabilidades no extremo norte do país.
No Amazonas, Pará e Tocantins, são previstos acumulados de chuva superiores a 65mm. Na região Nordeste, a previsão é de chuva em forma de pancadas, podendo ultrapassar os 95mm no Centro-Norte da região e serem localmente fortes. Nas demais regiões, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, espera-se que os volumes de chuva sejam inferiores a 55mm.
No entanto, mesmo com altos volumes de chuva, são esperadas anomalias negativas, especialmente na região Norte e Nordeste, com volumes entre 15 e 75mm abaixo da média histórica. A região Sudeste e Centro-Oeste também deverá ser deficitária, podendo chegar até 50mm abaixo da normal.
No encerramento da primeira quinzena de março, o Brasil deve vivenciar a terceira onda de calor no ano - caracterizada pela elevação da temperatura máxima em 5°C acima da média durante um período contínuo de cinco dias ou mais.
As regiões mais afetadas por esse calor intenso estarão principalmente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, onde é previsto que as temperaturas alcancem os 40ºC em áreas como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul de Goiás. No Sul, as temperaturas também podem superar em 3 a 5ºC a média histórica, principalmente no Paraná.