Os valores externos da soja em grão subiram na semana passada, mas o repasse desses aumentos aos preços internos foi limitado pela desvalorização do dólar frente ao Real. Assim, os preços internos se mantiveram praticamente estáveis no período.
Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização da moeda norte-americana frente a várias moedas atrai importadores aos Estados Unidos e desfavorece as vendas brasileiras.
Quanto ao mercado externo, os valores foram impulsionados por chuvas na Argentina, que atrapalham a colheita e que podem influenciar na produtividade das lavouras do país. Vale lembrar que a Argentina é a principal ofertante mundial de farelo e de óleo de soja.
MILHO: Cotações registram variações distintas entre regiões
Os preços do milho registraram variações distintas entre as regiões acompanhadas pelo Cepea na semana passada. Enquanto no Centro-Oeste os valores subiram, impulsionados pela falta de chuva em muitas regiões – o que pode prejudicar a produtividade –, em São Paulo, a colheita e a retração de parte dos compradores pressionaram as cotações.
No geral, considerando-se todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores registram pequenas altas. Nesse ambiente, houve diminuição no ritmo de negócios antecipados.
MANDIOCA: Média cai 1,6% na semana
Na última semana, as cotações da mandioca caíram em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A alta oferta e o enfraquecimento da demanda industrial influenciaram esse cenário. O valor médio semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 344,87 (R$ 0,5998 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), recuo de 1,6% frente à média anterior.
Mesmo com dificuldades em algumas áreas devido ao clima seco, agricultores estiveram interessados na colheita e na comercialização da mandioca. Parte dos agentes precisa liberar áreas arrendadas, outros têm compromissos financeiros a vencer nos próximos meses ou planejam liberar áreas para o plantio da safra 2015/16 a partir de meados de junho.