A China abandonou a tradicional entrevista coletiva do primeiro-ministro no encerramento do Congresso Nacional do Povo pela primeira vez desde 1993 e, agora, de vez. Mas Li Qiang apareceu hoje para anunciar uma meta ao redor de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 - repetindo aquilo que já cumpriu em 2023 e em linha com o esperado.
Ou seja, a estabilidade do crescimento será prioridade do governo chinês neste ano. Mas manter o ritmo de expansão em meio à base de comparação elevada é difícil. Por isso, Pequim sinalizou um “fortalecimento moderado” dos estímulos fiscais, ao mesmo tempo em que manteve a cautela em relação à sustentabilidade da dívida soberana.
Em dia de divulgação de dados de atividade ao redor do mundo nesta terça-feira (5), os mercados repercutem o plano de voo do dragão chinês para este ano. Porém, os investidores ainda estão acostumados com o crescimento de dois dígitos de outrora da segunda maior economia global, o que se reflete em um mau humor nos negócios.
Cena doméstica refém
Por aqui, o Ibovespa iniciou a semana em baixa, acumulando queda de 0,5% nos dois primeiros pregões de março. No ano, porém, as perdas superam 4%. A indefinição sobre até quanto o Banco Central irá cortar a taxa Selic e quando começam os cortes nos juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve inibe o apetite pelo risco local.
Tanto que o volume financeiro da principal carteira de ações da bolsa brasileira está cerca de 30% abaixo da média diária neste início de mês. O dólar, por sua vez, segue abaixo, mas colado, à marca de R$ 5,00. Esse cenário reflete a fuga dos estrangeiros do mercado local, o que tem mantido a bolsa em baixa e o dólar para cima neste começo de 2024.
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