Caro(a) Trader
Semana de devolução de ganhos para as bolsas acionárias ao redor do globo, apesar de alguns índices terem desconfigurado tendências de baixa no curtíssimo prazo. Não houveram muitos drivers até o meio da semana, o destaque para o movimento seria a demissão do secretário de estado de Donald Trump, Rex Tillerson, pelo Twitter. Rex e Trump estavam em conflito sobre diversos temas, inclusive sobre o livre comércio.
Na agenda, na sexta, ainda teremos IPC da Zona do Euro e número de licenças de construção nos EUA. Semana que vem, destaques da agenda, começam na terça com índices de preço na Alemanha e Reino Unido. Quarta teremos feriado no Japão, número de vendas de casas usadas, estoque do petróleo e a decisão da taxa de juros nos Estados Unidos. Ficar de olho nas projeções econômicas que o FED irá divulgar junto. Com base nestes números o mercado poderá entender se haverá aumento no ritmo de aumento da taxa de juros. Fora alguma surpresa na própria decisão da taxa vigente. Na quinta tem vários indicadores na agenda, como PMIs na Europa e EUA, porém o maior destaque fica por conta da decisão da taxa de juros pelo banco central da Inglaterra. E o último dia da semana promete ser mais tranquilo com números americanos de pedidos de bens e venda de casas novas.
Hoje vamos voltar a falar do petróleo, último artigo foi 19/01, onde abordamos:
“Os preços recuaram um pouco, até a linha tracejada vermelha, para continuarem a subir, ultrapassando a região de US$ 59,00 e indo até quase US$ 65,00. Poderíamos entender que este movimento pode demonstrar força compradora, por haver pouca correção nos preços. Porém, agora, pode ser preciso redobrar o cuidado, pois tudo o que sobe rápido, pode cair rápido. Há analistas falando que a região de US$ 60 pode ser o range de equilíbrio do mercado. Petróleo acima de US$ 80,00 incentivaria muito a oferta, aumentando os custos e também estimulando outras fontes de energia. Petróleo abaixo de US$ 40,00, por outro lado, poderia complicar a vida do setor, não remunerando adequadamente muitas operações eficientes. Feito os alertas, tudo no cenário pode indicar novas altas. É preciso observar se poderá haver respeito a LTA de curto prazo vermelha e a LTA de maior prazo branca. Também as linhas tracejadas brancas, que sinalizam uma região de possível suporte, que atualizei com os últimos movimentos. Então, enquanto os preços se movimentarem acima destas marcações, pode ser preciso continuar olhando para cima. O contrário, poderá nos trazer a necessidade de começarmos a pensar em quedas”.
Vamos agora ao que aconteceu desde lá. A seta amarela indica a região de preços do último artigo. Os preços subiram mais um pouco, formando topo na região de US$ 66,60. Depois disto, corrigiram até a região de US$ 58,00, não respeitando a LTA vermelha traçada originalmente. Como ainda os preços ficaram acima dos possíveis suportes e da LTA e maior prazo branca, atualizei a LTA vermelha para este fundo em US$ 58,00. Este fundo também indica ser uma zona de suporte. Além desta zona, as outras linhas tracejadas brancas horizontais são outros possíveis suportes. Para acompanhar esta correção tracei uma LTB de curtíssimo prazo de cor amarela. Os preços estão respeitando a LTA vermelha e a LTB amarela. O rompimento de uma destas pode dar a direção do mercado no curtíssimo prazo. Rompendo a LTB, o petróleo pode voltar a subir para testar o último topo em US$ 66,00. Rompendo a LTA vermelha, poderá ir testar os possíveis suportes em torno de US$ 58,00 / US$ 56,00 / US$ 55,00. Observando que mesmo indo em direção a estes preços, mas respeitando a LTA de cor branca, o cenário ainda poderá ser de alta. Pode haver, portanto, bastante espaço para os preços se movimentarem em uma possível tendência de alta. Logicamente que ao perder a LTA branca aí o cenário poderá ser outro.
Olhando além da parte mais técnica e em um horizonte maior de tempo, podemos pensar para o petróleo os impactos de uma possível guerra comercial global que o presidente Donald Trump parece estar com vontade de iniciar. Um maior protecionismo por parte das maiores economias do globo poderá atrapalhar a atividade econômica e logo o PIB dos países. Projeções menores de PIB podem afetar o preço do petróleo, pois menos atividade econômica pode ser traduzida em menor demanda de petróleo. É claro que há o lado da oferta, que pode ser ajustado, como com diminuições de produção por parte da OPEP. Porém o passado recente demonstra que uma ajuste de produção proativo por parte dos produtores, somente se dá quando os preços sofrem bastante. Algo para pensar, analisar e acompanhar.
Até a próxima semana e bons trades.
Por Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)