O mercado ontem foi típico de fechamento de mês e de trimestre, num mês que até pode ser considerado positivo pelo maior apetite pelo de risco, mas ainda marcado pelos mesmos eventos que permeiam o imaginário dos investidores: Guerra comercial e reforma da previdência.
No caso da reforma, o avanço foi considerado dentro do espectro de tempo da casa, ainda que o atraso tenha ocorrido propositalmente por conta das investigações contra Fernando Bezerra (MDB-PE), todavia a votação segue para primeiro turno ainda esta semana e aguarda-se uma conclusão até a primeira quinzena.
Ainda que existam resistências por demandas de maiores fatias da cessão onerosa, a tendência no senado é que as “aparas” sejam retiradas neste sentido e o texto avance de forma relativamente incólume.
Passada a aplicação da reforma que era considerada difícil, agora entre a reforma realmente difícil, a tributária.
Ultrapassar os anseios arrecadatórios dos estados e fazer uma reforma que traga a tão sonhada desburocratização do Brasil será um feito hercúleo, porém com resultados inegavelmente positivos ao país.
Deste modo, o Brasil, no seu próprio ritmo, parece seguir um contra ciclo da tendência mundial e tem espaço para crescer num contexto internacional desafiador, em especial nas economias centrais.
Já no exterior, o mês foi semelhante aos anteriores.
Enquanto se aguardavam avanços da guerra comercial entre EUA e China e na falta por melhor alternativa, o mercado se voltou novamente às bolsas de valores, as quais registram novos recordes e assim vai, na expectativa de uma solução que nunca chega.
Outubro em diversos aspectos parece mais promissor ao Brasil do que ao exterior.
Uma série de indicadores antecedentes abrem a premissa de um último trimestre que tende a surpreender na atividade econômica, com a inflação ainda sob controle.
O Banco Central deve confirmar a premissa indicada na sua comunicação mais recente e cortar os juros para ao menos 5% aa, onde pode fechar o ciclo da política monetária e atuar em outras frontes, como o compulsório e a concorrência bancária.
Atenção hoje à produção industrial e balança comercial no Brasil e nos EUA, uma série de ISMs e gastos com construção.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em alta, com os PMIs fracos na Zona do Euro e Reino Unido.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a Austrália reduzindo os juros para novos recordes.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque à prata caindo.
O petróleo abre em alta, com produção mais fraca de Rússia e OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,18%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,157 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,028%
Dólar / Yen : ¥ 108,30 / -0,249%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,024%
Dólar Fut. (1 m) : 4158,40 / -0,18 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,95 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 23: 6,05 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 6,67 % aa (0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3162% / 104.745 pontos
Dow Jones: 0,3601% / 26.917 pontos
Nasdaq: 0,7521% / 7.999 pontos
Nikkei: 0,59% / 21.885 pontos
Hang Seng: 0,53% / 26.092 pontos
ASX 200: 0,81% / 6.743 pontos
ABERTURA
DAX: -0,088% / 12417,20 pontos
CAC 40: -0,155% / 5669,01 pontos
FTSE: -0,333% / 7383,57 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 105139,00 pontos
S&P Fut.: 0,309% / 2987,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,293% / 7797,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 77,83 ptos
Petróleo WTI: 1,04% / $54,64
Petróleo Brent:1,10% / $59,78
Ouro: -0,33% / $1.468,14
Minério de Ferro: 2,81% / $92,24
Soja: 1,91% / $15,51
Milho: -0,45% / $386,50
Café: 0,05% / $101,45
Açúcar: 0,63% / $12,72