- A Apple oferece uma combinação única capaz de impulsionar o retorno total da carteira na forma de valorização de capital, distribuição de dividendos e plano de recompra de ações.
- Warren Buffett montou uma participação de US$ 158 bilhões na Apple para se beneficiar das excelentes perspectivas de crescimento da companhia.
- A Apple está apostando na demanda resiliente de seus aparelhos, graças à sua base de clientes com renda comparativamente maior e à força do seu ecossistema de software e serviços.
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Se o seu objetivo de investimento é montar uma carteira capaz de gerar renda consistente na sua melhor idade, então faz sentido ficar de olho em grandes empresas com balanços robustos, dividendos confiáveis e um bom histórico de elevação de pagamentos aos acionistas.
Um portfólio com essa composição tem plenas condições de enfrentar momentos de recessão, pressões inflacionárias e bolhas de preço que geralmente ocorrem após períodos de expansão monetária.
As empresas que oferecem dividendos confiáveis e previsíveis, bem como potencial de crescimento no longo prazo, podem ajudar a gerar renda sustentável, não importam as condições de mercado.
Por ser considerada uma ação de crescimento, a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) geralmente não é recomendada para carteiras de aposentadoria. E, ao contrário das áreas defensivas do mercado, como utilidade pública, telecom e produtos básicos de consumo, os papéis da fabricante do iPhone geram pouco interesse como ativos geradores de renda para aposentados, em razão do seu baixo retorno com dividendos, em torno de 0,6%. Vale lembrar ainda que, como empresa de tecnologia, suas ações inserem-se em um segmento altamente volátil do mercado, que os aposentados geralmente procuram evitar.
No entanto, apesar dessas desvantagens, ainda é possível defender a inserção da Apple em um portfólio diversificado para a melhor idade.
A Apple, em nossa visão, oferece uma combinação única de benefícios, como potencial de valorização do capital, dividendos crescentes e grande programa de recompra de ações, o que pode ajudar a impulsionar o retorno total dos seus investidores. Ao mesmo tempo em que a Apple vem aumentando seus dividendos em 10%, em média, nos últimos cinco anos, a empresa tem recomprado suas ações, gerando valor adicional aos acionistas.
A Apple autorizou um plano de reaquisição dos seus papéis no valor de US$ 90 bilhões no último trimestre, após gastar US$ 88,3 bilhões com recompras em 2021, maior desembolso entre as empresas listadas nos EUA. Os investidores de longo prazo gostam de programas de recompra, pois reduzem o número de papéis da companhia em circulação e aumentam seus rendimentos, principalmente em momentos de turbulência, como o que estamos enfrentando.
Amor de Warren Buffett pela Apple
O lendário investidor Warren Buffett, cuja empresa Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34) é uma das maiores acionistas da Apple, beneficiou-se imensamente dessa tendência. Buffett montou uma posição de US$ 159 bilhões em Apple desde que sua empresa Berkshire Hathaway começou a comprar o papel no fim de 2016.
O investidor de 91 anos é fã da estratégia de recompra do CEO Tim Cook, na medida em que aumenta a participação da Berkshire em cada dólar dos resultados da fabricante de smartphones e computadores a cada ano. Durante a assembleia de acionistas da BRK, em abril, Buffett disse o seguinte:
“Sabíamos que poderíamos aumentar ainda mais nossa participação se a empresa continuasse recomprando seus papéis. Não tínhamos qualquer informação privilegiada ou algo do tipo, mas sabíamos que valia a pena apostar nesse caminho. Eles acabaram de divulgar seu balanço do trimestre até março, e ganharam mais dinheiro com menos ações em circulação”.
Com cerca de US$ 200 bilhões em caixa disponível, a Apple pode se dar ao luxo de aumentar ainda mais seu programa de recompra de ações para dar suporte aos papéis.
Seu foco no programa de retorno de caixa não significa que a Apple esteja ficando para trás em inovação e novas ideias. A empresa ainda tem grande potencial de surpreender Wall Street, apesar do atual ambiente desafiador no qual transtornos na cadeia de suprimentos estão prejudicando suas fábricas na China.
A empresa sediada em Cupertino, Califórnia, está apostando na demanda resiliente por seus aparelhos, graças à sua base de clientes com renda relativamente maior e à força do seu ecossistema de software e serviços, responsáveis por impulsionar as vendas de hardware, afirmou uma matéria da Bloomberg neste mês.
A AAPL também está se deparando com menos concorrência da sua grande rival Huawei Technologies, que saiu de vários mercados. A Huawei, que já foi a maior fabricante de celulares por volume de produção, registra queda de receita há seis trimestres consecutivos.
Conclusão
No momento em que os investidores estão cada vez mais preocupados com a economia e o desempenho das ações de alto crescimento, a Apple é uma ação defensiva bem posicionada para resistir a uma possível recessão. Agora, mais do que nunca, faz sentido considerar a Apple como uma ação para aposentadoria, ideal para investidores que buscam renda no longo prazo.
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