Finalmente, o Payroll.
A semana foi repleta de indicadores de sentimento do empresariado e atividade econômica, culminando na criação de postos de trabalho nos EUA.
Historicamente, independentemente do momento econômico, é um indicador que chama a atenção dos investidores, por ser um dos melhores termômetros da atividade econômica americana.
Neste momento de grande dúvida quanto ao futuro da economia nos EUA e em meio à guerra comercial com diversos países, ameaça de impeachment contra Trump e Fed em dúvida quanto aos próximos movimentos, a tendência de se buscar no mercado de trabalho as maiores indicações ao futuro cresce bastante.
Quanto aos indicadores mais recentes divulgados, um ponto importante: os ISM e PMI são índices de difusão calculados sob a óptica dos administradores das empresas, indicando se em especifico momento hoje melhora, estabilidade ou deterioração.
Assim, se 100% do painel relatasse uma melhoria, o índice seria 100,0. Se 100% reportassem uma deterioração, o índice seria zero. Se 100% do painel não visse nenhuma alteração, o índice seria 50,0, daí a linha de separação entre a expansão e a contração.
Os índices mais recentes demonstraram uma das piores perspectivas desde 2009, ou seja, após a crise das hipotecas e para muitas empresas, as incertezas quanto à guerra comercial tem sido um dos pontos preponderantes para tal cenário.
Obviamente, estas são inferências de sentimento, componente basicamente humano e podem se alterar se os eventos causadores, ou parte deles, cessarem ou se atenuarem.
Este caráter humano demonstra a diferença entre o US ISM e PMI Markit Compostos do dia primeiro passado, onde demonstraram contração e expansão, respectivamente.
Por isso a importância da leitura do mercado de trabalho, sendo uma medida mais concreta do ritmo da atividade econômica através da situação salarial, contratações e demissões por setores e o desemprego em si.
A revisão anterior do ADP, as projeções e suas revisões mais recentes desenham um panorama negativo, portanto, atenção total hoje.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em queda, na expectativa pelos dados do Payroll.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com a líder de Hong Kong, Carrie Lam evocando os poderes emergenciais e anunciando o banimento de máscaras nos protestos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta, porém com perdas semanais mais fortes, em meio a um cenário global de atividade fraca.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,50%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0818 / -1,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,146%
Dólar / Yen : ¥ 106,75 / 0,150%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,057%
Dólar Fut. (1 m) : 4090,79 / -1,45 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,74 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,88 % aa (-1,41%)
DI - Janeiro 23: 5,98 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 25: 6,61 % aa (-0,90%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4797% / 101.516 pontos
Dow Jones: 0,4694% / 26.201 pontos
Nasdaq: 1,1178% / 7.872 pontos
Nikkei: 0,32% / 21.410 pontos
Hang Seng: -1,11% / 25.821 pontos
ASX 200: 0,37% / 6.517 pontos
ABERTURA
DAX: -0,030% / 11921,62 pontos
CAC 40: 0,099% / 5444,16 pontos
FTSE: 0,208% / 7092,34 pontos
Ibov. Fut.: 0,30% / 101456,00 pontos
S&P Fut.: -0,285% / 2901,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,333% / 7635,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 77,81 ptos
Petróleo WTI: 0,48% / $52,59
Petróleo Brent:0,87% / $58,11
Ouro: 0,26% / $1.509,61
Minério de Ferro: 0,00% / $92,26
Soja: -0,38% / $15,58
Milho: -0,39% / $386,75
Café: 0,24% / $102,10
Açúcar: -0,16% / $12,72