CENÁRIO POLÍTICO
O afastamento de Renan da presidência do senado traz uma série de desconfortos ao atual governo, às vésperas da conclusão da votação da PEC 55.
O senador Vianna do PT (AC), vice e atual presidente interino da casa é considerado por muitos alguém com uma postura mais institucional, que levaria o processo dentro dos tramites.
Todavia, o nível de pressão da oposição, tanto para tirar a PEC da pauta quanto para aceitar eventuais pedidos de impeachment do presidente Temer tendem a colocar esta postura à prova nos próximos dias.
Fontes do planalto indicam que Vianna convocará novas eleições, até como forma de autopreservação, já que é um dos membros do PT menos visados no atual momento.
CENÁRIO DE MERCADO
Após mais um dia de alta histórica das bolsas de valores americanas, mesmo após a queda do primeiro ministro italiano e a falha no referendo, o cenário é de continuidade no exterior, com abertura positiva na Europa, fechamento positivo na Ásia, porém uma divisão nos futuros em NY, com alta no Nasdaq e estabilidade no S&P.
Neste momento, rendimento em alta dos títulos do tesouro americano, se traduzindo como menor demanda e dólar global em queda, onde o americano somente apresenta alta contra o dólar australiano e neozelandês.
Incrivelmente, antes de iniciar a medida de corte na produção de petróleo, a OPEP e a Rússia resolveram aumentar ainda mais a produção, o que faz com que a commodity devolva parte dos ganhos recentes e o petróleo segue em queda tanto em NY, quanto em Londres.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A implantação do aumento de combustíveis pela Petrobrás tende a adicionar uma pressão generalizada nos índices de preços de janeiro e caso avance o imbróglio político, a decisão do COPOM em incrementar o corte de juros se mostra cada vez mais difícil.
A ata do COPOM hoje deve demonstrar que a autoridade monetária lida com diversos cenários em aberto, entre eles aqueles relacionados às aprovações de medidas fiscais, evento considerado positivo até este momento.
Porém, ao se lidar com um momento político altamente sensível, o qual pode atrapalhar o avanço da questão fiscal e as medidas futuras de estímulo econômico, a tendência de se questionar um aprofundamento dos cortes de juros é grande.
O cenário em aberto, se abriu ainda mais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,423 / -1,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,065%
Dólar / Yen : ¥ 113,88 / 0,026%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,236%
Dólar Fut. (1 m) : 3455,07 / -1,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 12,03 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 11,61 % aa (-2,60%)
DI - Janeiro 21: 12,02 % aa (-2,59%)
DI - Janeiro 25: 12,30 % aa (-2,38%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,80% / 59.832 pontos
Dow Jones: 0,24% / 19.216 pontos
Nasdaq: 1,01% / 5.309 pontos
Nikkei: 0,47% / 18.361 pontos
Hang Seng: 0,75% / 22.675 pontos
ASX 200: 0,52% / 5.429 pontos
ABERTURAS
DAX: 0,123% / 10698,01 pontos
CAC 40: 0,152% / 4581,29 pontos
FTSE: -0,062% / 6742,62 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 59971,00 pontos
S&P Fut.: -0,018% / 2203,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,047% / 4782,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 88,14 ptos
Petróleo WTI: -0,91% / $51,32
Petróleo Brent:-0,58% / $54,62
Ouro: 0,20% / $1.172,75
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: 1,06% / $19,93
Milho: -0,21% / $348,75
Café: -0,71% / $140,20
Açúcar: 2,11% / $19,33