Não é somente no Brasil que a questão política tem pesado, onde os investidores observam atentos hoje a continuidade do julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE.
No exterior, o testemunho do ex-diretor do FBI, James Comey assusta os republicanos da base de Trump pela possibilidade de o conteúdo dar abertura a um processo de impeachment.
O caso ganha contornos ainda mais estranhos com a recusa de diversos escritórios de advocacia de defender o presidente no caso da Rússia e o possível desvio de fundos da organização para crianças com câncer do filho de Trump.
Outro fator relevante são as eleições no Reino Unido, adiantadas pela primeira ministra Thereza May de forma a dar forca extra ao partido conservador durante o Brexit, porém as pesquisas erráticas elevam a tensão no país.
A África do Sul passa problemas políticos bastante intensos nos últimos meses, com quedas de ministros e suspeições sobre o presidente Zuma, o que se une ao Brasil entre os emergentes que tem mantido a tensão em alta, apesar dos índices historicamente baixos de volatilidade.
Por fim, a questão do isolamento do Catar por diversos países árabes, o qual sequer foi suficiente para dar força global ao petróleo.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A pouca atenção que se dá aos indicadores econômicos se deve ao contexto político extremamente atribulado em nível local e global, desde economias centrais até países emergentes.
Por aqui, o IGP-DI caiu -0,51% em maio, fechando 12 meses aos 1,07% (Proj. Infinity: -0,58%; 0,99%), após uma ata do COPOM indicar que o avanço dos cortes de juros depende necessariamente das reformas travadas no congresso.
Ainda assim, os indice confirma a queda nos preços agrícolas no atacado e mais uma deflação ocorre na economia brasileira. Seria o contexto ideal para cortes mais profundos de juros. Seria.
CENÁRIO DE MERCADO
Mercados em indefinição por conta de questões políticas em diversos países.
A abertura na Europa é errática, tendente à alta e os futuros das bolsas em NY tem abertura positiva. O fechamento na Ásia foi negativo pelo trio de questões como eleições no Reino Unido, Comey e BCE.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura estável, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, o ouro cai após sessões seguidas de alta e o minério de ferro opera em alta no porto de Qindao.
O petróleo opera em queda em NY e Londres, ainda pela tensão no oriente médio com a questão do Catar.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2782 / -0,56 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,559%
Dólar / Yen : ¥ 109,44 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,077%
Dólar Fut. (1 m) : 3293,94 / -0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,32 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,39 % aa (-1,78%)
DI - Janeiro 21: 10,45 % aa (-1,51%)
DI - Janeiro 25: 11,10 % aa (-0,89%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,81% / 62.955 pontos
Dow Jones: -0,23% / 21.136 pontos
Nasdaq: -0,33% / 6.275 pontos
Nikkei: 0,02% / 19.985 pontos
Hang Seng: -0,09% / 25.974 pontos
ASX 200: -0,01% / 5.667 pontos
ABERTURA
DAX: 0,289% / 12726,83 pontos
CAC 40: 0,872% / 5315,17 pontos
FTSE: 0,251% / 7543,85 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63132,00 pontos
S&P Fut.: 0,066% / 2432,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,077% / 5867,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,24% / 82,53 ptos
Petróleo WTI: -0,52% / $47,94
Petróleo Brent:-0,70% / $49,77
Ouro: -0,37% / $1.289,59
Minério de Ferro: 0,32% / $55,67
Soja: 0,68% / $17,74
Milho: 0,73% / $379,75
Café: 0,36% / $125,80
Açúcar: 1,65% / $14,13