Além da questão política e perda de apoio na base do governo, o Reino Unido conta com uma sinalização mais dovish do Banco da Inglaterra (BoE), o que leva a uma desvalorização acelerada da libra esterlina contra o dólar.
Localmente, o sinal dovish se multiplica nos indicadores mais recentes de inflação, mesmo com o IPC da Fipe acima das expectativas, porém ainda baixo e reforça aquilo que citamos recentemente, a possibilidade da repetição do corte da última reunião do COPOM.
Mesmo os indicadores positivos, como uma possível criação de postos de trabalho no CAGED a ser divulgado hoje reforçam o ciclo de cortes de juros, pois reforca o argumento da autoridade econômica da eficácia do uso do instrumento de política monetária.
A questão política já gera atrasos nas reformas importantes para se dar seguimento ao afrouxamento monetário, portanto uma solução rápida se faz necessária para que não afete ainda mais os índices de confiança e consequentemente, de atividade econômica.
CENÁRIO POLÍTICO
Com a denúncia inicial da Polícia Federal contra Temer e Loures, um forte teste ao poderio de fogo do presidente ocorre hoje na CAS com a leitura da reforma trabalhista e tentativa de aprovação, principalmente com a sua ausência em viagem à Rússia.
Ainda no contexto local, o supremo decide hoje sobre a prisão de Aécio Neves e a primeira sentença contra Lula começa a se desenhar no caso do Triplex.
A situação política brasileira continua extremamente sensível, mas ainda requenta assuntos, ou seja, nenhum fato novo (gravações, novos envolvidos, etc) surgiu no contexto para mudar o rumo do mercado neste momento, principalmente em vista à média dos indicadores econômicos.
O mercado já age na questão política local e internacional como o “menino que gritou lobo”. O problema é quando o “lobo” vier, seja ele o que for.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com acoes de empresas de mídia. O fechamento na Ásia foi na maioria negativo, na quarta tentativa de inclusão de ações da China continental no índice MSCI.
O dólar opera estável contra a maioria das divisas, após abertura volátil, enquanto os Treasuries operam com queda no rendimento a partir dos 3 anos.
Entre as commodities metálicas, o ouro retoma leve alta, nos temores políticos nos EUA e o minério de ferro continua em alta nos portos chineses.
O petróleo opera em queda expressiva em NY e Londres, com o grande aumento da oferta global.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2828 / -0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,018%
Dólar / Yen : ¥ 111,51 / -0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,542%
Dólar Fut. (1 m) : 3299,10 / 0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,98 % aa (-1,21%)
DI - Janeiro 21: 9,99 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 10,59 % aa (-1,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,63% / 62.014 pontos
Dow Jones: 0,68% / 21.529 pontos
Nasdaq: 1,42% / 6.239 pontos
Nikkei: 0,81% / 20.230 pontos
Hang Seng: -0,31% / 25.843 pontos
ASX 200: -0,83% / 5.757 pontos
ABERTURA
DAX: 0,201% / 12914,81 pontos
CAC 40: 0,214% / 5322,07 pontos
FTSE: 0,136% / 7534,03 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62924,00 pontos
S&P Fut.: 0,025% / 2448,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,217% / 5778,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 80,54 ptos
Petróleo WTI: -1,83% / $43,39
Petróleo Brent:-1,96% / $45,99
Ouro: 0,19% / $1.246,25
Minério de Ferro: 0,18% / $54,80
Soja: -0,16% / $17,99
Milho: 0,33% / $376,00
Café: -0,60% / $123,55
Açúcar: 1,19% / $13,60