Panorama Semanal de 14 a 18 de dezembro*VACINAÇÃO NO BRASIL
No início da semana, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia dado prazo de 48 horas para que o Ministério da Saúde informasse as datas de início e término do plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19, inclusive de suas fases de implantação. Esse plano de vacinação em massa, segundo o ministro Paulo Guedes, deve ter os recursos necessários liberados em breve. Enquanto isso, tratativas no Congresso tentam estender o auxílio emergencial até 31 de março.
Em relação à vacinação, o STF decidiu, por 10 a 1, que aqueles que não se vacinarem podem sofrer sanções o que, na prática, acaba tornando o procedimento obrigatório, porém não forçado. O país, infelizmente, voltou a apresentar mais de mil mortes diárias.
Ainda sobre a pandemia, o governo prepara MP visando liberar R$ 20 bi para aquisição de vacinas contra a COVID-19, enquanto o Ministério da Saúde informou ao STF que o plano para vacinação no país será em torno de 16 meses, com data inicial prevista para fevereiro, com potencial de entrega de cerca de 25 milhões de doses em janeiro. Um ponto relevante foi a afirmação de Roberto Campos Neto, presidente do banco central, que defendeu a tese de que investir na vacina é mais vantajoso que estender o auxílio emergencial.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
Finalmente o país tem um orçamento. A Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) foi aprovada no Congresso na quarta-feira, prevendo déficit primário de R$ 247 bilhões e salário-mínimo de R$ 1.088. A LDO evita um shutdown nas atividades não essenciais. Além dela, foi aprovado o plano de socorro aos estados, projeto que objetiva reestruturar a dívida desses entes da federação, bem como a recuperação fiscal.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A semana havia iniciado com a divulgação de uma pesquisa nacional do Datafolha apontando que o presidente Jair Bolsonaro mantém sua avaliação no melhor nível desde que começou o mandato. O percentual de brasileiros que considera o presidente ótimo ou bom é 37%. Aqueles que o veem como ruim ou péssimo oscilaram negativamente de 34% para 32% e os que avaliam como regular são 29% (eram 27%).
ECONOMIA E CONGRESSO
Em relação a indicadores, o IBC-Br, uma prévia da atividade econômica feita pelo Banco Central, cresceu 0,86% em outubro, abaixo das expectativas do mercado e a segunda prévia do IGP-M de dezembro apresentou alta de 1,18%, num ritmo menor do que novembro.
Em tese, o Congresso brasileiro entra em recesso hoje. Existe demanda de alguns parlamentares para a suspensão do recesso, porém essa medida enfrenta resistências.
DESTAQUES NOS EUA
No exterior, no início da semana, Joe Biden foi oficialmente eleito presidente dos EUA pelo Colégio Eleitoral.
Na quarta-feira, o FED (BC americano), como esperado, manteve as taxas de juros referenciais próximas a zero. A autoridade anunciou que pretende permanecer comprando minimamente U$ 120 bilhões em papéis por mês até que enxergue que a economia está voltando à normalidade. O FOMC pontuou que as compras de ativos ajudam a suportar o fluxo de crédito às famílias e empresas. Cabe lembrar que o Fed havia se comprometido a não elevar as taxas de juros até que os índices de inflação ultrapassem a meta de 2%, mesmo se o desemprego atingir níveis que, normalmente, sinalizem preços em alta.
Na economia, mais 885 mil americanos pediram auxílio desemprego na semana passada, bem acima do esperado.
No Congresso dos EUA, lideranças democratas tentam demover as barreiras que enfrentam para permitir a votação de um pacote de ajuda a Covid-19 ainda hoje ou amanhã.
VACINAÇÃO NO EXTERIOR
Uma boa notícia é que a vacinação começou em alguns países, como os EUA e Rússia. Já a União Europeia promete iniciar a imunização ainda antes do fim do ano, no dia 27.
MERCADO ACIONÁRIO
Ontem, os índices acionários americanos renovaram suas máximas históricas.
No pregão desta quinta-feira o Ibovespa apresentou ganhos de 0,46%, com o índice encerrando a 118.401 pontos. Já o dólar fechou em queda de 0,3%, aos R$ 5,07.