A atividade econômica dos EUA caminha para manter um ritmo de crescimento moderado no primeiro trimestre de 2025, conforme apontam as projeções compiladas pelo CapitalSpectator.com. A estimativa inicial para o período sugere que o ritmo superior a 2% registrado no quarto trimestre, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA), deve se estender ao início deste ano.
A projeção mediana indica um crescimento anualizado de 2,3% em termos reais. Caso essa previsão se confirme, o avanço do PIB será semelhante ao do trimestre anterior.
Entretanto, como ocorre em estimativas feitas no início do período, há um nível significativo de incerteza. Até o dia 30 de abril, quando o BEA divulgará sua prévia oficial do PIB, diversos fatores podem alterar esse cenário. Além das oscilações habituais que afetam previsões antes da divulgação de novos indicadores, há uma camada adicional de incerteza relacionada às mudanças de política econômica defendidas pelo presidente Trump.
Entre os fatores de risco, alguns analistas alertam para o impacto inflacionário da possível elevação de tarifas de importação. Esse cenário surge em um momento delicado, já que os índices de inflação continuam a mostrar resistência à queda. Na semana passada, o governo informou que a inflação ao consumidor acelerou para 3,0% em janeiro na comparação anual, o maior nível desde junho do ano passado.
Uma das implicações desse cenário é que o Federal Reserve dificilmente promoverá cortes nos juros no curto prazo e, dependendo dos próximos dados de inflação, pode até ser forçado a elevar as taxas. Além disso, uma inflação persistentemente elevada pode gerar obstáculos ao crescimento econômico.
Por ora, no entanto, a economia norte-americana continua demonstrando resiliência, conforme sugere a projeção do PIB para o primeiro trimestre. No entanto, com mudanças significativas nas diretrizes da política econômica, as perspectivas para o crescimento seguem em aberto.
Um indicador relevante para acompanhar essa evolução é a mediana das projeções de PIB atualizadas regularmente. A questão-chave agora é se a estimativa atual de crescimento moderado se sustentará nas próximas revisões ao longo das próximas semanas.
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