Esta semana, o IBGE divulgou os dados referentes ao PIB do terceiro trimestre de 2021, que vieram em queda de 0,1% - no segundo, o número ficou em - 0,4% após revisão da entidade. O último resultado foi fortemente impactado pela agropecuária, que recuou 8%. Indústria manteve estabilidade e setor de serviços caiu -1,1%.
Ainda que entre um período e outro exista uma melhora, o consenso de mercado para o ano, segundo o último boletim FOCUS, é que o produto interno bruto não passe de 4,78% de crescimento.
Com uma inflação batendo os 10%, o resultado positivo se torna praticamente nulo. Muitos acreditam que em 2022 o IPCA deve ser menos pressionado, sobretudo, por conta da resolução de problemas que envolvem a cadeia global de suprimentos.
Vale lembrar, contudo, que no Brasil teremos eleições presidenciais que prometem causar muita volatilidade na bolsa e estresse no dólar.
Além do mais, com os bancos centrais ao redor do mundo - sobretudo nos EUA e Europa - indicando elevação de suas taxas de juros, a tendência é que o fluxo de capitais saia de países emergentes em direção aos desenvolvidos. E isto pode se traduzir em mais inflação por aqui.
Diante deste cenário, o Ibovespa hoje se encontra na casa dos 105 mil pontos, após uma boa recuperação durante a semana. Porém, no início de 2021 o índice estava em 125 mil pontos e, em meados de junho, 130 mil. No ano, ele amarga uma queda de mais de xx%.
Tantas informações negativas podem causar certo pessimismo entre os investidores. Porém, nestes momentos turbulentos é necessário lembrar do racional por trás das estratégias. Afinal de contas, as crises sempre oferecem boas oportunidades.
Com a alta da Selic, por exemplo, o varejo tende a sofrer um pouco mais por conta do encarecimento do crédito. No início de novembro, de acordo com dados do IBGE, as vendas no comércio varejista caíram mais de 1% em setembro.
Por essas e outras, temos visto as ações de algumas empresas do setor recuarem mais de 50% este ano.
Isto, sem dúvida, abre uma possibilidade de investimento com bom upside. Claro, a recuperação depende de uma série de fatores e eu diria que o driver mais importante a partir das próximas semanas serão as eleições.
Como disse Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, o mercado é “muito cínico” e pode diluir as questões de polarização, seja lá quem for eleito presidente. As oportunidades estão na mesa. Pense no assunto! Bons negócios!