A cotação do petróleo perdeu força compradora com a disputa entre os dados otimistas que relatam a uma redução na produção dos EUA e os pessimistas com o aumento dos estoques no país. Ao fim do pregão, o barril cedeu 0,1% e manteve sequência de cinco dias de queda. Em uma semana, a cotação cedeu 8%.
A agência de energia norte-americana (EIA) divulgou um aumento de 2,3 milhões de barris nos estoques na semana passada, para 534,8 milhões de barris. Essa foi a sétima semana consecutiva de elevação nos níveis dos estoques. O aumento, contudo, veio abaixo das projeções de elevação em 3,3 milhões de barris e bem abaixo dos 9,36 milhões de barris da semana anterior. Esse aumento dos estoques acabou por ajudar derrubar a alta o barril de petróleo, que, ao longo do pregão, chegou aos US$ 39,85 (+4%).
A alta no intraday foi estimulada pela redução em 16 mil b/d na produção dos EUA, segundo a EIA. O país extraiu 9,022 milhões de barris/d na semana passada. Apesar de ser uma redução pequena, na casa dos 0,17%, essa tendência tem persistido ao longo dos meses. No total, desde o recorde de 9,7 milhões de b/d em abril de 2015, a produção doméstica dos EUA já recuou 7%. Os investidores ainda mantêm um olho na reunião entre a Rússia e a Opep marcada para dia 17 de abril no Catar.
No gráfico diário observamos como o nível em 42.00 foi suficiente para conter o ímpeto comprador e recuar a cotação até o suporte em 38.00. Caso seja perdido, poderemos ter mais quedas até os 35.00. Se o suporte segurar, poderemos ter novos testes dos 42.00. As mínimas históricas ainda permanecem em evidência entre os níveis em 28.50 – 27.50.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)