CENÁRIO MACROECONÔMICO
Em linha com o que citamos ontem, o Banco Central sinaliza a dúvida quanto ao futuro da economia brasileira e global em vista a um contexto mais volátil com a eleição americana e condiciona os próximos movimentos a um nível mais acurado de informações do programa econômico de Trump.
Apesar de não parecer, a velocidade das aprovações das medidas no congresso foge do padrão usual brasileiro, com a PEC 55 possivelmente sendo passada em recordes 4 meses se mostra como algo positivo, como observado pelo comunicado do COPOM.
O Banco Central tem completa noção da depressão que atinge o contexto econômico brasileiro e da necessidade de estímulos urgentes, porém, um cenário mais conservador pode no futuro se tornar mais arrojado ao alongar o ciclo de cortes e o resultado final, em 2018, pode ser uma Selic consistentemente abaixo dos dois dígitos.
CENÁRIO DE MERCADO
A decisão da OPEP em cortar a produção de petróleo em 32,5 milhões de barris de petróleo por dia é o fim de uma longa batalha entre aqueles que acreditavam que qualquer preço acima de US$ 20 o barril era bom e os países produtores que erroneamente trabalharam seus orçamentos com a commodity acima deste nível.
A dificuldade de se avaliar o quão válido é reduzir a quantidade vendida, vis-à-vis, ao quanto o preço se elevará é grande e em níveis acima de US$ 50, as reservas de óleo de xisto americana começam a se agitar.
Em resumo, existe um claro e restrito limite para a alta do petróleo em termos globais com a força do xisto americano e os produtores sabem disso. Portanto, o rompimento da barreira psicotécnica de US$ 50 o barril tem um prazo de validade bem curto.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar da velocidade em que a PEC 55 foi aprovada, considerada até agora recorde entre analistas políticos e até mesmo econômicos, como citada no comunicado da última reunião do COPOM, a tentativa de autopreservação do congresso com ações contra a Lava-Jato e descaracterização das medidas anticorrupção mantém o contexto político bastante tenso.
Há quem não veja o fim do mandato do presidente Temer como uma realidade e o que pesa mais no atual contexto é a preservação da equipe econômica, considerada positiva até agora pelos investidores locais e internacionais e pela população.
A “briga” entre a classe política e o judiciário deve culminar a aceleração de processos contra políticos proeminentes, como o presidente do senado, Renan Calheiros e de operações da procuradoria e da polícia federal.
Cenário longe de se consolidar.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3858 / -0,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,349%
Dólar / Yen : ¥ 114,13 / -0,288%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,248%
Dólar Fut. (1 m) : 3421,99 / -0,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 17: 13,60 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 18: 12,06 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 21: 11,76 % aa (-0,84%)
DI - Janeiro 25: 12,01 % aa (-0,66%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa : 1,51% / 61.906 pontos
Dow Jones : 0,01% / 19.124 pontos
Nasdaq : -1,05% / 5.324 pontos
Nikkei : 1,12% / 18.513 pontos
HangSeng : 0,39% / 22.878 pontos
ASX200 : 1,10% / 5.500 pontos
ABERTURAS
DAX : -0,656% / 10570,48 pontos
CAC40 : -0,528% / 4554,16 pontos
FTSE : -0,664% / 6738,75 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 62328,00 pontos
S&P Fut.: -0,114% / 2196,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,192% / 4806,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 86,18 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $49,63
Petróleo Brent:0,04% / $51,86
Ouro: -0,33% / $1.169,32
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: -1,04% / $19,74
Milho: 0,37% / $338,00
Café: -1,60% / $147,65
Açúcar: 0,71% / $19,74