O petróleo cedeu 2% nesta terça-feira dando sequência ao pessimismo que ronda a commodity nos últimos três pregões, provocado pelo aumento de produção da Opep em abril. O Brent voltou a ser negociado abaixo de US$ 45/b, após uma semana acima desse patamar. O WTI é negociado a US$ 43,60.
Os investidores ficaram negativos em relação à commodity após pesquisas revelarem que os países membros do cartel extraíram 32,64 milhões de barris/dia no mês passado, contra 32,47 milhões de barris/dia em março. O volume se aproximou do recorde de 32,65 milhões de barris/dia de janeiro.
O aumento da vazão dos países ocorreu ao mesmo tempo em que fracassaram as negociações para congelar a produção. O acordo de Doha foi cancelado com a persistência da Arábia Saudita de que o Irã, seu rival regional, deveria fazer parte das negociações. O país persa descartou congelar a produção até que atinja patamares históricos pré-sanções ocidentais de cerca de 4 milhões de barris/dia.
Os traders aumentaram seu olhar negativo em relação à commodity com os dados negativos da China divulgados que trazem dúvidas em relação à demanda do país asiático.
Essa onda pessimista provocou a realização de lucro de investidores que apostaram na commodity nas últimas semanas. Desde fevereiro, o petróleo garantiu mais de 75% de retorno ante a mínima de US$ 26,05/b. O movimento contribuiu para a queda nos mercados internacionais.
No gráfico diário, percebemos como os preços podem estar recuando para testar o nível em 41.50, que funcionou como resistência algumas semanas atrás antes da sua ruptura. Temos o desenho de uma Linha de Tendência de Alta no período que pode sustentar o ímpeto comprador no médio prazo. Uma quebra abaixo de 41.50 poderá tornar o Mercado vendedor novamente, podendo cair até 35.50 novamente.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)