O petróleo subiu aproximadamente 3% no pregão de ontem e encerrou o dia com a maior cotação nos EUA desde o início de novembro. O preço da commodity disparou com a queda dos estoques nos Estados Unidos. A expectativa do mercado era de um aumento da ordem de 700 mil barris na semana passada e a agência de energia divulgou uma redução inesperada de 3,4 milhões de barris. É a primeira redução desde o início de abril.
Ainda no relatório semanal da EIA, a produção norte-americana declinou pela nona semana consecutiva, com perdas de 23 mil barris/dia. O movimento de perdas na produção dos EUA fortalece a posição da Arábia Saudita de não cortar sua produção para forçar a saída do mercado dos produtores de maior custo. A OPEP terá sua reunião anual no próximo mês e o mercado está cético em relação a um possível acordo.
No último encontro, marcado em Doha, Catar, com a presença de não membros da Opep, como a Rússia, prevaleceu a posição do reino saudita de não fechar acordo sem a participação do Irã, seu rival regional. O país persa descartou participar enquanto não elevar sua exportação para os níveis históricos pré-sanções ocidentais, impostas ao seu programa nuclear. No Canadá, as petroleiras estão retomando suas operações nos próximos dias com o controle do incêndio florestal que atingiu Alberta, província petrolífera das areias betuminosas. A redução na produção do país em mais de 1,5 milhão de barris/dia foi o principal motor que impulsionou o mercado nos últimos dias.
No gráfico diário percebemos como os preços caminham dentro de um bem desenhado canal de alta, respeitando a LTA e se aproximam de uma importante zona de resistência compreendida entre 47.75 – 50.00. Enquanto os preços permanecerem acima do suporte em 41.50, nossa percepção seguirá para alta no médio prazo. Um rompimento abaixo deste nível poderia abrir quedas até os 35.50.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)