Caro(a) Trader
Apesar de ser uma semana com poucos indicadores, o mercado resolveu se movimentar com bolsas corrigindo por força da queda de algumas commodities. Na próxima semana teremos agenda cheia. Falando dos mais relevantes, começa na segunda com Índice de Clima de Negócios alemão. Confiança do Consumidor na terça e Vendas Pendentes de Moradia na quarta nos EUA. Na quinta, PIB trimestral americano e PMI Industrial na China. E para fechar a sexta, Variação no Desemprego alemão, PIB do Reino Unido, IPC da Zona do Euro e PMI Industrial Caixin na China.
Com a queda comentada das commodities, hoje, quero rever os comentários que fiz sobre o petróleo há um mês atrás, mais especificamente no dia 24/02/2014. Vamos ao que eu disse lá:
“…Porém os preços não conseguiram romper a resistência, que atualizado o contrato, está na região dos US$ 55,00. Ao perder a linha inferior do canal vermelho, o petróleo no curto prazo, parece estar em uma lateralização, oscilando entre US$ 51,19 e US$ 55,21. Para traders mais experientes, ao se aproximar deste níveis, poderá indicar uma entrada na mão contrária. Também atualizei o canal, agora em amarelo, com o fundo dos US$ 51,19. Toques no limite inferior deste canal podem ser entrada para quem acredita no rompimento da região dos US$ 55,00. Lembrando que pode haver espaço para a realização dentro da tendência, pois a linha azul é a inferior do canal de alta que começou em 2015. A perda dos US$ 51,19 poderia ser um indicativo desta região e também uma entrada em uma operação contra a tendência.”
Já estamos sob vigência do novo contrato, o de maio. No gráfico, marquei com a seta amarela o último candle do artigo anterior para verificarmos o que aconteceu com os preços. Daquele dia em diante o mercado não respeitou a linha de tendência amarela e passou rasgando a região dos US$ 51,19. Quem vendeu na perda deste suporte pode ter se dado bem, indo encontrar alguma pressão de compra lá perto da linha inferior do canal de tendência de alta, que começou em 2015. Pelo gráfico diário ele rompeu esta linha, mas pelo semanal, se fechar o candle acima dos US$ 49,20 na sexta-feira e, “forçando a amizade”, poderíamos dizer que há algum respeito por este suporte.
Me perguntaram por que tem sempre duas médias móveis nos meus gráficos. Uma é a roxa, mais rápida, exponencial de 17 períodos com preços de fechamento. A outra é laranja, mais lenta, exponencial de 72 períodos e também com preços de fechamento. Adaptei o uso destas médias da estratégia de correção do analista André Moraes. Que na minha opinião nada mais é que uma análise de Triple Screen, onde olhamos a tendência de um ativo em três tempos gráficos. Gosto de usar estas médias junto com a visão de mais tempos gráficos para validar as tendências. E aí, voltando para o gráfico do Petróleo, podemos observar que a média curta (roxa) cruzou para baixo a média mais lenta (laranja) no gráfico diário embasando a mudança de tendência do ativo. Porém, se olharmos estas médias no gráfico semanal, elas ainda não se cruzaram e os preços podem estar apenas formando um fundo para uma nova trajetória de alta. E aqui está o por que da minha conclusão de hoje: apesar do restante poder indicar que devemos pensar somente em venda de petróleo, as médias do semanal ainda não validaram isto.
Além disso, pela forma que aconteceu o movimento e os fundamentos do Petróleo, como a influência da Opep, que já discuti aqui, prefiro esperar mais o desenrolar dos preços para formar minha opinião. Este é o aprendizado que queria trazer hoje. Há momentos que precisamos esperar mais evidências e não tentar produzi-las no gráfico.
Até a próxima semana e bons trades.
Por Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)