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As projeções para 2024 indicam uma queda nos preços do petróleo.
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No curto prazo, a situação no Oriente Médio pode gerar volatilidade e elevação nos preços, devido aos conflitos na região.
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O petróleo Brent segue testando a área de suporte na faixa de US$ 70-80 por barril.
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O mercado petrolífero registrou uma queda consistente nos preços em 2022, ano marcado pela guerra na Ucrânia e pelo conflito entre Israel e Hamas. A tendência de baixa se manteve no último trimestre, mesmo com os cortes de produção anunciados pela Opep+.
As previsões para os próximos doze meses, que costumam ser divulgadas no início do ano, apontam para uma continuidade do cenário de baixa demanda e excesso de oferta. No entanto, há possibilidade de oscilações pontuais nos preços, devido à instabilidade na região do Oriente Médio.
A escalada da violência na Faixa de Gaza pode se estender para outros países da região nos próximos trimestres, gerando um fator de risco para o mercado de petróleo global.
Produção de países de fora da Opep+ pode pressionar ainda mais os preços
Segundo a IEA, a demanda global por petróleo deve crescer em 1,1 milhão de barris por dia (mbpd), mesmo com a possível desaceleração econômica nos EUA, Europa e China.
Por outro lado, a oferta deve aumentar principalmente fora dos países da Opep+. Brasil, Noruega, Canadá, Guiana e, principalmente, EUA devem elevar seus volumes de produção.
Nos EUA, a atividade já está em alta, levando a produção a níveis quase recordes de 13,24 mbpd. Isso torna improvável uma recuperação dos preços do petróleo sem eventos geopolíticos significativos.
Diante desse cenário, os países membros da Opep+ emitiram uma declaração conjunta, reafirmando a unidade do cartel e a disposição para tomar medidas adicionais, se necessário.
No entanto, vale lembrar que a capacidade do cartel de influenciar o preço do petróleo está cada vez mais limitada, pois a produção não pode ser reduzida indefinidamente e a produção do resto do mundo está em alta.
Oriente Médio gera volatilidade nos preços do petróleo no curto prazo
O mercado petrolífero acompanha com atenção a situação no Oriente Médio, após o conflito entre Israel e Palestina.
A região registrou incidentes que afetaram a produção e o transporte de petróleo, como a redução na extração no campo de Sharara na Líbia, que produz 300 mil barris por dia, e os ataques aos navios mercantes no mar Vermelho pelo grupo armado iemenita Houthi.
Esses fatores provocaram uma alta moderada de US$ 4-5 nos preços do petróleo no início do ano, mas sem alterar a tendência geral de baixa. A situação pode se agravar com as declarações da coalizão de 11 países, liderada pelos EUA, que se comprometeu a proteger a navegação no mar Vermelho.
Vale lembrar que cerca de 15% do volume global de petróleo é transportado pela bacia do mar Vermelho, portanto, uma possível paralisação da área teria impactos significativos.
Petróleo Brent: Análise Técnica
O petróleo Brent mantém a tendência de queda, que vem desde setembro do ano passado, e testa novamente a área de suporte chave na faixa de US$ 72 por barril.
No curto prazo, podemos ver uma recuperação até a área de US$ 84 por barril, onde há uma resistência local, especialmente se as tensões no Mar Vermelho e no Líbano aumentarem.
A perspectiva de longo prazo, porém, favorece o lado vendedor, que, se romper abaixo de US$ 70, abrirá espaço para uma queda até níveis mais baixos, com outro alvo logo abaixo de US$ 50.
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