A OPEP meteu a mão para estabilizar os preços do barril!
Que o petróleo pudesse valer menos do que 20 dólares o barril já era um exagero, mas que ele pudesse valer menos do que ZERO seria algo inacreditável! Mas foi o que aconteceu com os contratos futuros de maio.
Na ocasião, a oferta era tamanha, que ficava mais caro armazenar o excesso de produção do que “pagar” para alguém levar embora. Foi isso mesmo o que aconteceu. Os produtores assumiram o prejuízo e deram um jeito de desovar o excesso, visando as negociações para os próximos meses.
Não teve jeito, a OPEP teve que se mexer e os cortes na produção foram em aproximadamente 10 milhões de barris por dia entre os seus membros.
Um fato importante que aconteceu na semana passada foi a antecipação da reunião da OPEP+. O prazo para prolongar o corte desses 10 milhões de barris foi estendido. Essa foi uma manobra inteligente para equilibrar a oferta e a demanda, numa tentativa de trazer os preços do barril para níveis mais equilibrados, entre 40 a 50 dólares.
O que vimos durante o ápice da pandemia foi um escárnio nos preços. O mundo simplesmente parou. Tivemos a suspensão dos voos, dos transportes marítimos e terrestres. Enfim, os setores de logística, transportes, turismo e deslocamento urbano cessaram. Dessa maneira, o consumo de petróleo despencou.
Além de se parar o consumo, não tinha nem aonde estocar. Agora, com a reabertura das economias e com a flexibilização das quarentenas, com o mundo ganhando tração aos poucos, o consumo volta a se normalizar.
Partindo para a nossa análise gráfica, notamos como na aceleração da queda dos preços em março, no rompimento do suporte em US$ 42,35, quando também tivemos a guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, houve a formação de um grande GAP.
Os preços despencaram até a mínima em US$ 8,10 formando uma região de suporte até os US$ 27,55.
Com este acordo entre a OPEP e com o fim da guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, o petróleo engatou em um rali de alta até praticamente fechar o GAP na máxima de ontem, em US$ 40,55.
Agora pode ser o momento de esperar para analisar os próximos passos do mercado. Se caso tivermos um movimento de realização, os preços podem descer até o suporte em US$ 27,55, para quem sabe ganharem fôlego para uma nova subida.
Se romperem os US$ 42,35, poderemos ter uma nova entrada de força compradora a ponto de iniciar um novo rali rumo à próxima resistência em US$ 50,60.
Vamos acompanhar e bons investimentos!
Abraços.