- A recuperação econômica desigual da China dificultou as previsões para o mercado de petróleo e manteve os preços baixos.
- O gigante asiático está importando quantidades recordes de petróleo barato da Rússia, formando estoque para o futuro.
- A China se prepara para uma demanda interna mais alta, expandindo a capacidade de refino e as exportações de derivados.
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A recuperação econômica desigual da China está gerando grandes transtornos para o mercado petrolífero, após o país abandonar as restrições da pandemia, o que está atrapalhando as previsões do setor para este ano.
Ao final de 2022, a reabertura econômica do gigante asiático era um dos principais fatores nas previsões de preços do petróleo. Alguns especialistas, como Daniel Yergin, chegaram a prever que a cotação do barril poderia atingir US$ 120 quando a China se reabrisse completamente.
A Agência Internacional de Energia (AIE) previu que a economia chinesa responderia por mais da metade do crescimento global da demanda de petróleo em 2023. (Na época, eu argumentei que os analistas estavam superestimando o potencial econômico do país neste ano e que o mais provável era que víssemos uma recuperação econômica mais lenta e turbulenta, com demanda de petróleo incerta).
Agora que já avançamos metade do ano, está claro que a esperada recuperação econômica chinesa não está se materializando. O setor imobiliário, as exportações e o setor industrial não mostraram a forte recuperação econômica esperada. Muitos bancos reduziram suas previsões de preço do petróleo em resposta a dados que indicam que a economia chinesa está enfrentando dificuldades.
Com isso, os preços do petróleo estão se mantendo na faixa inferior dos US$ 70, em vez de atingir valores de três dígitos, como previsto anteriormente.
Por outro lado, a China está aproveitando a disponibilidade de petróleo bruto russo barato no mercado para importar quantidades significativas, no intuito de armazená-lo. Em maio, o país registrou o maior acúmulo de estoques desde julho de 2020, adicionando 1,77 milhão de barris por dia. Ao mesmo tempo, o país aumentou sua capacidade de processamento de grandes volumes de petróleo bruto em suas refinarias. No mês passado, foram processados 14,6 milhões de barris por dia, um aumento de 15,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e o segundo maior total mensal registrado.
No entanto, embora haja um aumento na importação e processamento de petróleo bruto, não parece haver um crescimento proporcional no consumo doméstico de produtos derivados. A China está aproveitando os baixos preços do petróleo da Rússia e do Irã para produzir produtos derivados que são exportados para a região, armazenando o excedente.
De acordo com dados da Reuters, as exportações chinesas de combustíveis refinados aumentaram 45,5% nos primeiros cinco meses de 2023.
Pequim parece estar contente com a posição de continuar importando petróleo a preços baixos, processando-o e exportando produtos derivados ao longo do ano. Recentemente, o país emitiu uma nova leva de cotas de importação de petróleo, aumentando o volume total permitido para as refinarias importarem em 20% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 194,1 milhões de toneladas de petróleo importadas.
Isso pode indicar que a China está satisfeita com o ritmo desigual de sua recuperação econômica no momento, pois assim pode aproveitar ao máximo a capacidade de importar petróleo barato e vender produtos derivados manufaturados.
Talvez as autoridades do país acreditem que haverá um aumento na demanda interna no futuro e estejam se preparando para esse cenário, armazenando petróleo mais barato agora. Além disso, veem o setor de refino e exportação como uma área de força e crescimento econômico, enquanto a produção industrial interna ainda está atrasada.
Analistas erraram em relação à recuperação econômica da China em 2023, mas os próximos anos o país pode registrar um PIB mais alto e, com isso, aumentos significativos na demanda por petróleo. E tudo indica que Pequim está se preparando para isso, assim como a Arábia Saudita (produzindo menos petróleo no momento, mas garantindo contratos para fornecer mais petróleo ao país no futuro).
Os investidores também devem se preparar para esse cenário.
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Aviso: A autora não tem em carteira nenhum dos ativos mencionados neste artigo.