- Cortes de exportações de {8849|petróleo}} da Rússia podem indicar a necessidade de maior oferta interna.
- CEO da Aramco continua confiante na demanda petrolífera de longo prazo, apesar do temor de recessão.
- Opep convida Azerbaijão a se unir ao cartel, visando fortalecer seu controle sobre os preços da commodity.
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A Opep realizou recentemente um seminário com periodicidade não muito regular em Viena. Não se tratada de uma reunião comum do grupo e dos seus aliados, a fim de avaliar o mercado e definir cotas de produção, mas de um encontro em que ministros e delegados da organização, além de importantes analistas do mercado, discutem tendências.
No entanto, declarações importantes dos principais membros do cartel podem fornecer informações sobre suas perspectivas em relação à produção futura e influenciar o mercado.
A seguir, apresento alguns pontos relevantes que pude depreender da conferência, a fim de ajudar os investidores a terem uma perspectiva mais ampla do mercado:
1. Arábia Saudita e Rússia (separadamente) anunciam cortes de produção antes da conferência
A Arábia Saudita decidiu estender seu corte voluntário de produção de 1 milhão de barris por dia (mbpd) até o final de agosto. Já a Rússia pretende reduzir as exportações petrolíferas em 500.000 barris por dia (bpd) a partir do próximo mês. Além disso, a Argélia se comprometeu a reduzir sua produção em 20.000 bpd no mesmo período.
É importante ter cautela em relação aos planos russos, na medida em que muitas vezes o país não cumpre as mudanças de produção que anuncia. Os cortes nas exportações, entretanto, podem ser motivados pela necessidade que o país vem registrando para o consumo interno, levando-o a elevar a oferta às suas próprias refinarias.
Agora, com a Arábia Saudita estendendo seus cortes voluntários por mais um mês, a expectativa é que haja pressão para que a iniciativa seja prorrogada até o final de 2023, especialmente se o sentimento econômico global não melhorar.
2. Arábia Saudita pode prorrogar os cortes até 2023, se necessário
Durante uma entrevista no Seminário da Opep, o CEO da Aramco, Amin Nasser, demonstrou um otimismo cauteloso em relação à demanda, mencionando que há temores de recessão em todos os lugares, mas o crescimento econômico da China ainda está em ascensão.
O executivo se mostrou particularmente otimista em relação ao crescimento da demanda por combustível de aviação e observou que esse consumo ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia, o que indica espaço para crescimento nesse setor. No entanto, não mencionou um prazo específico para a melhora da economia chinesa, o que pode indicar que acredita que a demanda do país pode não retornar aos níveis pré-pandemia antes do final de 2023, apesar das previsões dos analistas para o segundo semestre.
A Aramco (TADAWUL:2222) não tem motivos para se preocupar, pois sua posição de longo prazo é sólida. Recentemente, a companhia assinou dois novos acordos de fornecimento que aumentarão os embarques de petróleo da Arábia Saudita para a China em mais de 1 mbpd nos próximos cinco anos. Isso significa que a Arábia Saudita pode facilmente cortar a produção agora, na medida em que a demanda futura está assegurada.
Os investidores não devem dar por certo que o país árabe precisa de dinheiro neste momento, pois, apesar do seu alto volume de despesas, ainda tem muito caixa para reduzir as extrações com o barril na faixa de US$ 70, podendo postergar recebimentos.
3. Opep quer expandir sua influência e busca novos membros
Parece que a Opep quer se aproveitar do sucesso da aliança Opep+ para incentivar seus participantes a se tornar membros plenos do cartel.
Recentemente, a organização convidou oficialmente o Azerbaijão para ingressar, embora o ministro de energia azeri tenha afirmado que o país não está considerando atualmente aderir ao grupo. Quanto mais nações produtoras de petróleo se juntarem à Opep, maior será a influência do grupo sobre os preços do petróleo.
Atualmente, o Azerbaijão produz cerca de 500.000 bpd de petróleo, embora em um determinado momento (em 2009) tenha chegado a produzir até 1 mbpd.
Caso o Azerbaijão entre para o grupo, estaria entre os integrantes com menor volume de produção. Ainda assim, essa decisão pode ter um caráter mais político do que econômico, na medida em que ajudaria a Opep a equilibrar a influência russa no país.
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Aviso: A autora não tem em carteira nenhum dos ativos mencionados neste artigo.