Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE) na sua previsão anual, mostra que os preços do petróleo devem permanecer baixo durante os próximos cinco anos por causa da abundante oferta e queda da demanda nos países desenvolvidos. AIE, que presta assessoria sobre a política energética aos países desenvolvidos vê os preços a recuperarem para cerca dos $80 o barril em 2020, mas advertiu que, no entanto, "um período mais prolongado de preços baixos do petróleo não pode ser descartado".
Neste cenário macroeconômico de um fraco crescimento mundial levando a uma redução da procura pela matéria-prima, no entanto a Organização dos Exportadores de Petróleo (OPEP) recusa-se a cortar os níveis de produção e muitas vezes excederam o seu limite de produção diária, a fim de manter a quota de mercado face à concorrência dos produtores de petróleo dos EUA.
A AIE espera que o consumo de energia na China passa a ser o dobro do que o dos EUA em 2040, embora a Índia irá ser o condutor principal do aumento da procura, necessitando de 10 milhões de barris por dia daqui a 25 anos.
Enquanto isso, os mercados continuam cautelosos com o relatório da Energy Information Administration (EIA) sobre os inventários de petróleo que saem amanhã, após terem atingido na semana passada os 2,3847 milhões de barris. Amanhã, teremos os últimos dados da EIA dos EUA.
Desde o início de novembro a matéria-prima caiu mais de 4.5% e encontra-se numa fase de baixa desde o início de novembro. No decurso da sessão de ontem o petróleo lateralizou sem direção e fechou próximo da abertura do dia, originando um padrão doji. O estocástico evidencia um forte impulso de baixa e encontra-se abaixo da linha média dos 50.
Podemos esperar um movimento descendente até um nível chave nos 42,58 numa quebra abaixo do mínimo do dia anterior nos 43,55 (cenário 1), mas um ressalto no nível chave dos 42,58 poderá empurrar a matéria-prima até uma resistência diária nos 44,18 (cenário 2).
Nota: LCrude é um CFD sobre o Futuro do Light (SA:LIGT3) Crude.