Perto dos 100 mil Pontos...

Publicado 31.01.2019, 09:57

Após fechar perto dos 97 mil pontos ontem, o Ibovespa tem apenas 3% para bater na marca dos 100 mil. A sinalização do FED sobre a manutenção da liquidez e dos juros básicos, associada aos resultados corporativos, deu ao mercado externo um motivo significativo para otimismo. Internamente, após a digestão do colapso da barragem da Vale (SA:VALE3), o mercado está sendo impulsionado por um forte otimismo em relação à política econômica. A agenda da reforma previdenciária, das privatizações e da gestão das estatais está consolidando a percepção positiva do mercado em relação ao ministro Paulo Guedes. Com esse impulso, os 100 mil pontos vão ser atingidos rapidamente.

Com o FED sinalizando uma interrupção no processo de normalização da taxa de juros, a manutenção dos juros em patamares muito baixos no mundo ficou mais do que reforçada. Os juros das treasuries voltaram a patamares historicamente baixos, com destaque para os dos EUA (2,66%), da Alemanha (0,18%) e Japão (0,002%). Com o avanço da agenda liberal no Brasil, muito analistas passaram a avaliar as chances de queda da taxa SELIC. Com a flexibilização das regras do mercado de trabalho e com a reforma da previdência, o produto potencial poderia subir e, com isso, o hiato do produto es. taria com folga suficiente para justificar uma redução da SELIC. Ainda que isso efetivamente vá ocorrer, caso as reformas sejam aprovadas, nada garante que o aumento do PIB potencial ocorresse dentro do horizonte da política monetária. Muito possivelmente a diretoria do BC não reagiria com tanta antecipação a esse aumento possível do hiato do produto, reduzindo a SELIC em 2019. Essa redução seria mais plausível diante de um choque que reduzisse o PIB observado. Como o cenário é claramente de alta do PIB para 2019 e 2020, as chances dessa redução da SELIC em 2019 são baixas, ao menos se levarmos em consideração esses argumentos.

Mantemos nossa percepção de que os juros básicos devem se manter estáveis em 2019, fechando o ano em 6,5% e de que os juros longos devem cair. Esses últimos é que têm um papel considerável a cumprir, já que a percepção de risco em relação ao Brasil está em queda e deve continuar caindo. Com a queda dos juros longos, o nível de atividade e a valorização dos ativos devem continuar intensas. Além dos juros longos e do mercado acionário, o real deve se beneficiar da queda do risco, já que o diferencial de taxas de juros aumenta consideravelmente. Esse talvez seja um dos desafios da equipe de Paulo Guedes, já que a aquisição de reservas não é uma unanimidade para sua equipe.

O Ibovespa abriu em alta de 600 pontos e o dólar em ligeira queda. Os juros, como ressaltamos, devem continuar a cair.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.