As autoridades brasileiras outrora excessivamente otimistas já têm conceitos mais tênues, o Brasil “vai crescer menos e de forma mais lenta”.
Grosseiramente poder-se-ia dizer que “a ficha está caindo” para as autoridades governamentais.
As projeções fugiam ao bom senso e ao razoável, isto sem destacar que vinham acompanhadas de rompantes de grandeza, que na verdade não existem.
Os pronunciamentos das autoridades governamentais, sempre contendo afirmativas superlativas, demonstrando um estado de grande potência, inadequado para um país emergente atolado num quadro de atividade econômica lastimável e, naturalmente, com uma problemática política fiscal.
Um país de expressiva fragilidade, alto desemprego com renda e consumo cadentes. E o pior, sem um plano econômico exequível e gastando tanto quanto seus antecessores.
E não perdemos as manias de nos entendermos fora deste quadro decrépito.
Desenvolvia uma estratégia focada na queda da inflação, troféu perseguido, utilizando rota que passava pelo preço da moeda americana.
Quando observamos os fluxos de recursos externos para o país observamos, comercial liquidamente positivo em US$ 36,417 Bi e financeiro liquidamente negativo em US$ 42,525 Bi.
A vitória de Donald Trump certamente provocará mudanças neste olhar folclore das autoridades sobre a realidade da nossa economia.
Muitas coisas mudarão rapidamente e o governo/BC sabem que não há condições de conduzir a economia com a moeda americana com preço irreal.
O dólar é peça chave na dinâmica da atividade econômica brasileira.
Ainda bem que o TRUMP chegou, mesmo que contrariando expectativas, mas motiva, promove e causa o necessário e fundamental ajuste do preço da moeda americana.
O dólar é a “máquina” motora da nossa atividade econômica, promove as exportações e contém as importações e atrai o investimento externo em conta capital e não somente em especulação.
O governo está mudando o tom eufórico do discurso quanto a crescimento, etc... e agora com Trump precisará ter mais humildade para olhar seu efetivo estado atual, sua fragilidade e suas enormes deficiências estruturais.
Na realidade devemos saber que SELIC não contém a inflação presente, pois se crescermos um pouco ela volta. Então é ilusória uma taxa de juro menor. O que está contendo a inflação é a forte recessão que assola o país.
A economia precisa ter é taxa cambial compatível com a sua realidade e esta deveria estar em torno de R$ 3,60 no mínimo.
Muitas coisas mudarão com Trump, ainda é muito prematuro, mas pode começar por esta relevante mudança no trato da moeda americana no Brasil, fator primordial para dinamizar nossa atividade econômica.