Na última semana tivemos os mercados reagindo vigorosamente, após um movimento de queda, que fora observado na semana anterior. Os índices americanos abriram e fecharam a semana em alta significativa. O índice Japonês valorizou-se incríveis +4,2% e o #DAX (Alemanha) apreciou-se +3,7%.
No #Brasil, nosso índice futuro desvalorizou-se 0,9% na semana, na contramão do movimento dos principais índices globais.
Petróleo e #Minério de ferro desvalorizaram-se. O quadro abaixo sumariza as variações percentuais observadas nestes ativos, na última semana.
Analisando-se graficamente, cada um destes índices, poderíamos comentar o seguinte:
O índice futuro do Brasil oscila dentro de um canal descendente, dentro de uma tendência terciária de baixa, com alvo inicial na região de 111.800 pontos (vide a marcação abaixo). Ressaltamos que este objetivo coincidiria com a retração de 61,8% da última perna de alta que o mercado fez e também com a resistência que fora rompida, próxima da região de 111.000 pontos. A perda dos 111.000 pontos poderia levar o mercado a testar a região de 108.000 pontos rapidamente. Como resistências mais imediatas teríamos os 115.000 e 116.000 pontos, respectivamente.
O dólar futuro, por sua vez, confirma o rompimento da região de 4300 e agora ruma em direção à região de 4400 - 4450, sendo que este alvo pode ser projetado a partir da amplitude da congestão anterior. Ver figura abaixo.
Naturalmente, o movimento do dólar foi reforçado pela tendência de valorização da moeda americana frente às moedas que compõem o índice DXY, conforme podemos observar no gráfico a seguir. O #DXYé um índice que mede o valor do dólar dos Estados Unidos em relação a uma cesta de moedas estrangeiras.
Quando analisamos graficamente o índice da Alemanha, o #DAX, pode-se notar
que o mercado vem hesitando em fazer novas máximas, bem próximo de seu topo histórico. Apenas o rompimento da região de 13.600 pontos, com vigor, poderia indicar uma nova perna de alta, com objetivo inicial na região de 13.850 pontos, que seria equivalente a dobrar a amplitude do retângulo assinalado no gráfico a seguir.
Nos #EUA, temos os principais índices muito próximos de suas máximas históricas. Na última sexta-feira, tivemos os pregões dominados pelos vendedores, mas não temos sinais claros de que a tendência primaria de alta será revertida.
Uma das preocupações que esteve em evidência nos noticiários da última semana relaciona-se aos impactos que o #Coronavírus deve causar na economia chinesa e, consequentemente no mundo. São muitas evidências de que além do perigo da epidemia, há várias outras questões decorrentes deste problema, como por exemplo: queda de consumo, quebra no ciclo de produção e abastecimento de vários itens produzidos naquele país, etc..
Não podemos deixar de registrar que nas commodities, observa-se que o preço do barril de petróleo WTI retornou para a faixa em que mais 'passeou' durante o ano passado, e que neste momento, se encontra numa região que se comportou até então numa área de demanda por compradores. A não reação do preço neste nível pode sugerir que o mesmo tem um 'potencial' para alcançar o seu suporte mais imediato na casa dos USD 45/bbl.
O ouro por sua vez, utilizado como ativo de segurança, voltou a se valorizar nesta semana, e está engatando uma 2a perna de alta. Fazendo a projeção do rompimento da congestão em retângulo para cima, o preço do ativo tem um 'potencial' para atingir a casa dos USD 1750 nos próximos meses.
Olhando para o calendário econômico, teremos nesta semana vários eventos de grande relevância, como o discurso do Presidente do FED, estoques de #Petróleo, dados do PIB da Alemanha, entre outros. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com, filtrando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados.
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Bora pra cima !!!
Sobre o autor: fundador do blog Metanoia Trading, começou a estudar sobre o mercado financeiro em 2004, quando participou da 2a. turma do Curso Intensivo de Análise Técnica da LS (Leandro e Stormer). Foi Diretor de Corporate Finance na PwC (PricewaterhouseCooopers) até 2016. Atualmente, além de atuar como trader autônomo, tem sua própria empresa de consultoria, onde dedica-se à assessorar processos de fusões e aquisições (M&A).