Nenhum dos metais preciosos teve um desempenho invejável no mês de julho.
Mas, à medida que avançamos no terceiro trimestre, a questão que realmente precisa ser feita é quais são as perspectivas para os quatro principais ativos da categoria e qual deles pode se destacar em agosto.
Faremos uma análise técnica a seguir para os leitores do Investing.com, com a ajuda do grafista Sunil Kumar Dixit:
1. Ouro
Gráficos: cortesia de SK Dixit Charting
Vamos começar com o ouro à vista, que deve encerrar julho com um ganho modesto de 3%, após despencar 7% em junho, pior mês do ativo desde novembro de 2016.
Apesar do derretimento do mês passado, o ouro teve desempenho razoável em alguns meses, subindo quase 8% em maio e 3% em abril. No acumulado do ano, contudo, o metal precioso já caiu quase 4%.
Dixit afirma que o gráfico mensal do ouro à vista encontrou suporte na faixa intermediária da Banda de Bollinger a US$1770, perto da média móvel exponencial de 20 meses a US$1740.
A leitura de 16/15 no Índice de Força Relativa (IFR) com um cruzamento de ouro indica que há espaço suficiente para a continuação do momentum de alta.
O ouro à vista girava em torno de US$1,828 por onça na sexta-feira à tarde na Ásia.
“Contanto que o ouro se firme acima de US$1770 e 1740, a expectativa é de preços na faixa entre US$1870-1916”, segundo Dixit.
2. Prata
A prata à vista está preste a registrar uma desvalorização de cerca de 2%, estendendo as perdas de 7% em agosto, que foi o pior mês nos últimos quatro. A prata acumula queda de 3% no ano.
“A prata tem tido dificuldade para dar um sinal de alta em seu gráfico mensal”, afirmou Dixit.
“O comportamento de preços de todo o mês de julho mostrou lateralização, com viés de baixa”.
A prata à vista girava em torno de US$2552 por onça na sexta-feira à tarde na Ásia.
Dixit explicou que o IFR a 70/65 abria espaço para mais quedas e um possível teste da parte intermediária da Banda de Bollinger a US$22,50, de onde pode esboçar uma reação até a marca de US$30.
3. Paládio
O paládio também está em território vermelho, com uma desvalorização de 5% em julho, depois de um déficit de 2% em junho e 4% em maio.
Antes disso, o metal usado como catalisador de motores à gasolina registrou três meses de fortes ganhos, subindo 12% em abril, 13% em março e 4% em fevereiro. No acumulado do ano, o paládio registra que de 8%.
O paládio à vista girava em torno de US$2655 por onça na sexta-feira à tarde na Ásia. Dixit escreveu:
“Pelo terceiro mês seguido, o paládio falhou em manter os ganhos marginais e fechou em queda”.
O IFR registra um cruzamento negativo e a leitura de 40/23 fortalece a previsão de maiores correções de US$400 até a região de US$2450-2250, complementou.
4. Platina
A platina deve registrar uma queda de 1,4% em julho, após um tombo de quase 10% em junho e 1% em maio. No acumulado do ano, a platina registra queda de 1%.
“A platina continua registrando fechamentos de baixa, com um martelo investido indicando queda maior de 100 pontos para US$955", explicou Dixit.
“O comportamento dos preços mensais mostra viés de baixa e teste do suporte horizontal estático a “US$975-955.”
O preço à vista da platina, metal usado como catalisador em motores a diesel, girava em torno de US$1056 por onça no pregão da tarde desta sexta-feira na Ásia.
A leitura do IFR é de 60/79, reforçando as extensões negativas que pesam sobre a platina, disse Dixit.
No entanto, a faixa intermediária da Banda de Bollinger coincide com US$975, “o que pode dar suporte e permitir um repique da platina”, afirmou.
Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.