A razão não poderia ser a pior para o presidente Zelensky dar sinais de que a Ucrânia não deve entrar na OTAN, pois vem exatamente da falta de apoio que o país sentiu, quando mais precisou da organização.
Obviamente, como o processo se arrastava no país por anos, com diversos momentos alternando entre o afastamento e a aproximação com o país, a entrada também sofreu as dificuldades burocráticas típicas e não se concluiu.
Do lado da OTAN, por mais que soasse interessante sua intervenção, o fato da Ucrânia não ser um membro tornou a agressão russa a um “país qualquer”, dificultando o conflito direto, o que poderia levar à uma escalada sem precedentes do atual conflito.
Obviamente, a OTAN, em especial os EUA e a Alemanha, falharam na velocidade da resposta, afinal, se gabaram por ter uma informação de inteligência de extrema qualidade, porém a utilizaram de maneira atrasada.
Como se confirmaram, os avisos da inteligência foram precisos e deveria suscitar um fortalecimento significativo das forças da OTAN nos países fronteiriços ao conflito e as sanções econômicas deveriam ter começado antes mesmo da entrada russa na Ucrânia.
Talvez este seja o ponto de mágoa dos ucranianos com a organização e da sensação de falta de apoio, que suscita o discurso de Zelensky dizendo não interessar mais a entrada do país.
Obviamente, outro ponto é ceder em partes às demandas russas, para reduzir a pressão do conflito e tentar criar o arcabouço necessário para uma saída diplomática, em meio ao caso que Putin criou com sua desventura militar.
Putin provavelmente já entendeu que um pretenso sonho de uma nova União Soviética, sob a égide de seu regime não consegue se sustentar por muito mais tempo sequer na Ucrânia, quanto mais no restante das ex-repúblicas do bloco.
Para os mercados, quaisquer notícias de fim mais acelerado do conflito são importantes, pois, acima de tudo, retira grande parte da pressão artificial que o evento tem criado nos preços dos ativos e nas curvas de juros.
A inevitável inflação deve ocorrer, porém sua extensão depende em igual proporção ao qual o evento se estende e pior, o quanto pode ainda escalar.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a volatilidade das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo os fechamentos no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à platina e paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com o pretenso alívio da questão russo-ucraniana.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,58%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,064 / -0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,752%
Dólar / Iene : ¥ 115,87 / 0,121%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,504%
Dólar Fut. (1 m) : 5102,00 / -0,42 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 13,05 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 24: 12,82 % aa (0,08%)
DI - Janeiro 26: 12,24 % aa (1,49%)
DI - Janeiro 27: 12,26 % aa (1,49%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3496% / 111.204 pontos
Dow Jones: -0,5629% / 32.633 pontos
Nasdaq: -0,2760% / 12.796 pontos
Nikkei: -0,30% / 24.718 pontos
Hang Seng: -0,67% / 20.628 pontos
ASX 200: 1,04% / 7.053 pontos
ABERTURA
DAX: 4,996% / 13472,59 pontos
CAC 40: 4,829% / 6250,90 pontos
FTSE: 2,174% / 7115,54 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,11% / 112219,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 1,72% / 4240,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 2,137% / 13543,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,78% / 131,60 ptos
Petróleo WTI: -1,44% / $121,92
Petróleo Brent: -0,88% / $126,85
Ouro: -1,88% / $2.015,74
Minério de Ferro: -1,66% / $160,96
Soja: 1,36% / $1.727,75
Milho: 0,36% / $757,25
Café: 3,79% / $234,05
Açúcar: -0,31% / $19,36