Em São Paulo, a arroba do animal terminado ficou cotada em R$156,00 e R$155,50, à vista, nas praças de Araçatuba e Barretos, respectivamente (3/6). Alta de 1,0% e 1,3% desde o início da semana anterior, na mesma ordem.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve alta em seis e desvalorização em três.
Esse cenário é resultado da diminuição da oferta e encurtamento das escalas de abate na maioria dos estados pesquisados.
Por outro lado, a chegada do início do mês não deu ânimo para o escoamento da carne, que continua lento.
Assim, a margem de comercialização dos frigoríficos encurtou mais uma vez e está em 11,1%. São 10,0 pontos percentuais menor que a média histórica.
Para essa semana a expectativa é de que as referências continuem subindo, já que negócios acima da referência são comuns. Entretanto, atenção às margens. Este pode ser um fator limitante para altas.
Aumento nas exportações de carne bovina in naturaem maio
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em maio o Brasil exportou 101,0 mil toneladas de carne bovina in natura, 16,6% a mais em relação a abril deste ano, quando o país embarcou 86,6 mil toneladas do produto.
A média do volume embarcado diariamente em maio foi de 4,8 mil toneladas, 11,6% mais que no mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o incremento diário foi de 14,3%.
O faturamento das exportações brasileiras com o produto foi de US$398,20 milhões no acumulado do mês, uma média diária de US$19,00 milhões.
Demanda pelo sebo diminui e colabora com estabilidade dos preços
Apesar da oferta mais restrita, preço do sebo não mudou.
Questões técnicas na produção de biodiesel geram vantagens para o óleo de soja em temperaturas menores, o que diminui a demanda por sebo. Este movimento exerce pressão de baixa no mercado.
A menor demanda pelo produto é um cenário típico para esta época do ano.
No Brasil Central e Rio Grande do Sul o sebo está cotado em R$2,40/kg e R$2,50/kg, respectivamente.
Para o curto prazo é possível que ocorram desvalorizações.
Por Felippe Reis, Juliana Serra e Isabella Camargo